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domingo, 31 de março de 2019

O Fascismo e a Razão Instrumental

O fenômeno do fascismo alastrou a Europa durante as décadas de 1930 e 1940, com ascensão de Benito Mussolini e Adolf Hitler no poder da Itália e Alemanha, respectivamente. Característico por ser um movimento de massa, ultranacionalista e de governo autocrático, o fascismo vem se manifestando em alguns Estados nos dias atuais e nos lembrando do papel da ciência nesse processo.
Conceito criado por pensadores da Escola de Frankfurt, a Razão Instrumental define a operacionalização do conhecimento científico a fim de utilizá-lo como instrumento de dominação. Incorporado nessa definição, está o movimento fascista, que utiliza da racionalidade para dominar grupos, manipular massas e conquistar poder político. A exemplo disso há o pensamento nazista, segundo o qual existiria uma raça pura, ariana, e que todas as outras seriam inferiores a ela. A justificativa científica é equivocada mas foi eficiente para incitar a população alemã a apoiar o Holocausto judeu.
Além disso, o conhecimento científico e tecnológico pode ser direcionado para o desastre e a tragédia de maneira direta, como as bombas atômicas lançadas sobre as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial. Nesses trágicos eventos, todo o saber dos cientistas e a tecnologia envolvida foram utilizados para dizimar milhares de pessoas inocentes.
Como abordado no filme de Fritjof Capra, "O Ponto de Mutação", a ciência dentro da articulação política serve como dispositivo de obtenção de poder, elemento essencial na guerra entre Estados e entre indivíduos. A máxima de que o desenvolvimento científico é a comprovação da evolução humana ainda pode ser considerada verdadeira? É possível pensar em evolução quando a humanidade usa de seu próprio conhecimento para destruir humanos?
É vital refletir sobre essas questões e pensar sobre o rumo que estamos tomando diante de tão veloz desenvolvimento da ciência e o que estaremos deixando para as próximas gerações, caso contrário destruição é o que restará. 



Mariana Paz Formigoni Puentedura - 1º ano - Matutino

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