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domingo, 31 de março de 2019

A crise de percepção: sua relação com o fascismo e as ciências


O fascismo surgiu na Itália no século XX, encontrando espaço naquela sociedade inserida em um contexto de crises e tensões, o regime autoritário, cultuava a violência e guerra , o constante crescimento do Estado e de seu poder  por meio de um ideário nacionalista e desenvolvimentista.O Estado implantado era denominado Estado de exceção; no qual as leis eram postas de lado e não existia a separação dos poderes.Diversas atrocidades foram cometidas por regimes fascistas e nazistas nesse período.
Com o fim da Segunda Guerra foram instaurados tribunais militares denominados Julgamentos de Nuremberg, onde o crimes de guerra foram julgados.O objetivo era responsabilizar os culpados e revelar os horríveis acontecimento para que a humanidade nunca esquecesse a destruição que tinha sido submetida e não permitisse no futuro, que tais monstruosidades viessem ocorrer novamente.
O resultado no entanto parece não ter sido atingido, desde a década de 1990 vem ressurgindo movimentos com ideologias fascistas, a extrema direita tem conquistado cada vez mais adeptos no mundo por meio da propagação de discursos exclusivos, violentos, desumanos, que pressupõe uma superioridade de uma parcela de indivíduos em relação a “outros” que não partilham dos mesmos ridículos princípios.Assim como no passado a humanidade se encontra em uma crise,crise que pode ser entendida como uma crise de percepção e de identidade, que constitui um terreno fértil para demagogos e falsos lideres.
A ciência tem sido desacreditada por indivíduos que simpatizam com as ideias fascistas,são os chamados negacionistas, que negam os efeitos e as ações cometidas por regimes fascistas,distorcendo constatações históricas e criando pós-verdades no imaginário dos ignorantes,como a de que o fascismo era uma ideologia de esquerda.Esse processo é responsável por disfarçar  comportamentos desprezíveis desses grupos que são em geral compostos pela extrema direita.Uma vez que o fascismo,segundo os mesmos ,seria de esquerda portanto a dita direita não pode ser considerada neofascista mesmo que propague as mesmas ideias da época de Mussolini.
Quando a ciência não é desacredita é utilizada como instrumento militar ou de poder, pois como a máxima Baconiana dizia“saber é poder”.Os conhecimentos ou melhor dizendo os falsos conhecimentos acabam se tornando métodos de dominação das massas.As palavras incisivas com propostas de um novo horizonte são a muito tempo usadas com o intuito de articular interesses muitas vezes ocultos, omitidos na vaga demagogia.Muitas dos indivíduos acabam por seguir movimentos desconhecendo suas origens ou simplesmente negando a história.
Perante tais acontecimentos,é preciso que se insira consciente coletivo, um novo olhar de mundo, uma  percepção da realidade e da importância do “outro”, que não se trata de um ser isolado, mas que deve ser visto como uma conexão de nós mesmos.A ciência deve começar a questionar o pensamento vigente desde Descartes que indicava que o mundo,o ser humano funciona como uma maquina que possa ser analisada peça por peça e consertada isoladamente.Viver em sociedade não é regular isoladamente os problemas,mas sim enxergar que todas as relações são de fato interdependentes,por meio dessa transformação nas ciências, assim como ocorreu no século de Descartes e Bacon, toda uma sociedade poderá se modificar e mitigar tais ideologias destrutivas. 

Lívia Alves Aguiar 1º ano  Direito matutino

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