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segunda-feira, 18 de maio de 2015

um equilíbrio equivocado

Auguste Comte foi um importante filósofo francês que influenciou grandes áreas nos campos da política, educação, sociologia e filosofia. Seu pensamento positivista surge num momento de inovações socioeconômicas vivido pela Europa, devido à revolução industrial. Em meio às conturbações da época, Comte propõe uma forma de reorganização das estruturas sociais valorizando o seu humano, a paz e a concórdia universal como forma de se alcançar a ordem da sociedade para que assim essa possa evoluir.
A doutrina positivista de Comte defende a ideia de que a única forma de conhecimento verdadeiro é a partir da observação, deixando-se de lado as crenças, superstições e qualquer outra coisa que não pudesse ser cientificamente comprovada. Para ele a sociedade devia ser fortemente controlada para se estabelecer a ordem, esta que levaria ao progresso da sociedade. Para que tal ordem fosse estabelecida era necessária a paz, a normalidade da nação e nesse quesito o pensamento positivista é fortemente criticado.
A definição de algo normal para uma sociedade pode ter vários significados e pode causar outros agravantes como preconceitos e injustiças. Como Comte era profundamente ligado ao mundo da razão ele propõe a retenção das relações sociais e regência da sociedade como se esta fosse uma ciência exata. Porém, na busca de tal equilíbrio para a sociedade o que quebra com o padrão pré-estabelecido é visto como anormal por esta e é sujeito a repressão.
Com isso, o pensamento positivista, nesse contexto, vai contra o momento atual de conquistas no âmbito social da modernidade, como o casamento gay, por essa defesa do “equilíbrio” da sociedade.



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