August Comte e o imperialismo
e neocolonialismo do séc XIX e XX
August
Comte é o sucessor cronológico de pensadores como Francis Bacon e Descartes e,
tal como eles em suas teorias, continua elevando a razão em detrimento de
outras qualidades do ser humano.
No entanto, sua teoria foi extremamente influenciada pela
força que a corrente biológica possuía na época, em grande parte devido à
teoria de Charles Darwin (a evolução por meio da seleção natural das espécies);
tanto que a sua tese tem como um de seus pontos principais a lei dos três
estados da sociedade.
Esses estados – teológico, metafísico, positivo - são
estágios pela qual uma sociedade se encontra ou se encontrará futuramente, e
são definidos de acordo com a relação que esta desenvolve com o metafisico
(mais especificamente, o quanto a crença no mítico, Deus e espíritos,
influencia na explicação de fenômenos), sendo necessariamente, cada estagio uma
evolução em relação ao anterior – daí a relação com Darwin-.
A
sociedade atingiria seu ápice quando se tornasse positiva (o esclarecimento da
natureza e seus fatos explicados pela ciência). Ele utiliza como modelo para
tanto a sociedade industrial burguesa europeia – revelando o caráter eurocêntrico
do pensador.
Esse
conceito de que determinadas sociedades são mais desenvolvidas – e consequentemente
mais evoluídas – do que outras foi base para a argumentação utilizada no neocolonialismo/imperialismo do século XIX e XX. As potencias capitalistas emergentes da época, numa espécie
de missão civilizatória, levariam a ciência, o desenvolvimento, as luzes às colônias
(África e Ásia, por exemplo).
É
claro que, faz-se necessário ressaltar que essa ideologia foi utilizada para
esconder o caráter exploratório desse processo, além de claro, deixar a margem,
quase que deslegitimando a cultura, religião e organização política dessas regiões
exploradas.
Ana Paula De Mari Pereira 1ºano Direito - Matutino
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