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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Ordem e Retrocesso

Com o advento da pandemia do novo Coronavírus, o mundo passou e passa por uma série de retrospectivas da vida como ela era e do que esta vai se tornar após a descoberta de alguma cura ou tratamento. O que vem chamando atenção de nós, pessoas civis em isolamento social, é a insistência de negação: tanto da verdade quanto da realidade.
A internet faz seu papel muito bem em questão de compartilhamento, tomemos por exemplo a música do rapper BK, do rio de janeiro, intitulada "Castelos e Ruínas", onde o mesmo afirma 'O perdedor não é exemplo para ninguém/ siga meus passos, vou além/Antes de ser vilão, nós/ cansamos de ser vítimas, então irrite mais [...]' Na época de seu lançamento, causou grande repercussão com versos tão bem pensados enquanto tratava meramente da realidade, assim como a que seguimos vivendo. Mesmo, com uma crise sanitária em curso, além de um desserviço em propagar uma ideia positiva de que não se podia parar devido uma mera "gripezinha" hoje vemos um completo caos na saúde, agravando a falta de repasses que a área já sofria, a diferença atualmente está na forma como essas mensagens chegam até o grande público. Conforme a melodia, informações do mundo como ele sempre foi estão ganhando cada vez mais destaque nas redes sociais, onde tudo que se testemunha se torna viral, caindo no julgamento do certo e errado da sociedade.
Um destes exemplos ocorreu no estado de São Paulo, em duas diferentes situações, em diferentes contextos. Pois bem, uma abordagem policial ocorreu em Alphaville, zona nobre da cidade de São Paulo, após a denúncia de suposta violência doméstica, no vídeo em questão, aquele que deveria ser abordado se mostra totalmente descontente e profere até mesmo até mesmo xingamentos ao policial encarregado, o chamando de 'lixo' e 'Aqui é Alphaville, mano'. Enquanto poucos dias depois, mais precisamente no dia 12 de junho de 2020, em Barueri, São Paulo, um homem foi abordado por estar sentado em uma calçada, utilizando de seu telefone, o problema reside quando esta começa imobilizando com um golpe de gravata no pescoço, onde já no chão devido a falta de ar, as agressões persistem e, mesmo que vizinhos que presenciam e registram as cenas, são ameaçados pelo braço da força do Estado à se afastarem do local.
Concluindo, como podemos nos espantar com tamanho retrocesso apenas agora em que estamos enclausurados, enquanto outros trabalham, se dedicam para a continuidade do funcionamento e progresso do país, se nem mesmo paramos para analisar os diversos casos anteriores à esse, ou de qualquer outra forma de retrocesso com a violação de direitos básicos? 
Antes de qualquer progresso, devemos analisar as deformidades que nos cercam. 


Gabrielle Alves Pinheiro - 1º ano de Direito - DIURNO 

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