De início, vale afirmar que René Descartes foi, de fato, um pensador excepcional. O título de "Fundador da Filosofia Moderna" é justamente atribuído a tal personalidade. Porém, é preciso esclarecer esta poderosa designação.
Em sua obra "Discurso do Método", Descartes assume uma postura totalmente inovadora. Desse modo, ele traça uma metodologia baseada única e exclusivamente na razão, visando explicar a nossa realidade. Sendo assim, o filósofo busca superar tudo aquilo que pareça suspeito em relação à sua veracidade. Para alcançar seu objetivo, Descartes procura reconstruir a ciência, apoiado em uma moral provisória, regrada e cautelosa. É nessa reconstrução que René perpetua uma famosa característica ideológica: a dúvida. Ressalto que não é uma dúvida comum, e sim um sentimento metódico e hiperbólico, fundado na avidez a desestabilizar e modificar toda uma base embutida na sociedade. Tudo que não fosse suficientemente claro era, de certa forma, desconsiderado pelo pensador. O sobrenatural, o senso-comum e até mesmo algumas convicções do próprio filósofo foram postas em xeque. Ao fim desse processo de duvidar, Descartes encontrou uma certeza: ele pensava. E, para tal ato, seria necessário existir. Portanto, o autor chegou à famigerada conclusão: "Cogito, ergo sum".
Outro importante fato sobre René Descartes é o de que ele foi um ser humano revolucionário. Claramente à frente de sua época, o filósofo era descontente com o padrão da ciência vigente (chamava-a de estéril). Para ele, a ciência deveria mudar o mundo, ampliar as possibilidades e aperfeiçoar as realidades. A ciência tradicional mostrava-se extremamente contemplativa, sem uma real função prática.
Dessa forma, portanto, René Descartes alterou profundamente - de forma metódica e meticulosa - a maneira de científica de pensar.
Thales Flausino A. Ferreira, 1º ano
Direito - matutino
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