Conhecer para obter: a
questão do Direito
Enquanto juristas e legisladores se reúnem buscando
formar leis que possam, da melhor forma possível, reger a população permitindo
o seu bom desenvolvimento, a grande parcela dos cidadãos mantém-se aquém das
conquistas obtidas pelo Direito, e da participação na formação da legislação
que dirá à estas mesmas pessoas de maneira coercitiva e institucionalizada como
se alcançar a boa vivência em sociedade.
O documentário “O Direito achado na rua” mostra que
para muitos o Direito é responsável por permitir e garantir o bem estar de
todos, confundindo-o com o Estado, acabando por responsabilizar os órgãos do
Direito, pelas falhas sofridas em sociedade devido ao não alcance da realização
do que elas acreditam ser seus direitos. Não percebendo no entanto que cabe ao
Estado, exercer e garantir os direitos, e enquanto a ciência humana, caberia o
estudo do que a sociedade necessita, como ela funciona, mostrando também que o
direito não é sinônimo de leis, nascendo, vivendo e se desenvolvendo juntamente
com a sociedade, sofre alterações e é regrado entre a população muitas vezes
pelo cotidiano, religião e cultura do povo, estando presente em nestes, e não
em normas escritas.
O Estado brasileiro se mostra pouco interessado na
formação de seus cidadãos e de informá-los
acerca do que o Direito representa e de como é útil conhecê-lo, para
então poder usá-lo. Nutrindo-se da ignorância da população, muitas vezes o
Estado se impõe ditatorialmente e opressivamente, usando de sua força política
e militar para impedir que as pessoas questionem e busquem aprimorar o que elas
acreditam ser ou o que realmente são seus direitos, através de manifestações
públicas e greves.
Com o surgimento “Direito Alternativo” buscou-se uma
modernização do Direito, de forma que este pudesse então acompanhar as
transformações sofridas pela sociedade brasileira. Exercendo não só o direito
mas também a justiça.
No documentário, os cidadãos demonstram uma certa
consciência de que é possível, haver direitos não apenas no papel, mas entre
eles enquanto comunidade, devido a união e o respeito ao próximo. Sendo
portanto o próximo passo a inclusão de todos no estudo e compreensão do que é
Direito, facilitando a obtenção de uma vida digna e justa para todos.
Barbara Oliveira de Carvalho, 1° Ano - Direito Diurno
Nenhum comentário:
Postar um comentário