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domingo, 12 de junho de 2011

Efeito Colateral

Karl Heinrich Marx foi um filósofo alemão, economista, cientista social e socialista revolucionário. Entre suas principais obras destaca-se o Manifesto do Partido Comunista (1848), o qual teve a colaboração de Friedrich Engels. Esse último nasceu em família rica alemã, filho do dono de uma fábrica de tecidos na Inglaterra, observou as péssimas condições dos trabalhadores e passou a ter uma visão crítica sobre o capitalismo.

Ambos os autores se baseiam na tese que a história da humanidade é baseada nos antagonismos de classe, lutas de oprimidos contra opressores, lutas estas que levaram à transformações revolucionárias da sociedade. A luta de classe em voga no texto é a da burguesia e do proletariado.

A burguesia desemprenhou um papel revolucionário na história em pleno feudalismo, quando obteve seu espaço político. E, à partir disso as relações sociais foram cada vez mais baseadas no capital fundamentalmente. Isso gera o fim do certo isolamento em que as nações conviviam, a lógica de mercado as aproximou, principalmente pelo surgimento da chamada livre concorrência. Isso gerou problemas como o aumento da população urbana. E, no texto também ressaltado: "No lugar da antiga reclusão e auto-suficiência local e nacional, temos conexões em todas as direções, uma interdependência universal".

Para superar qualquer problema do capitalismo, a burguesia procura sempre novos mercados e explora com mais intensidade os antigos, "forjando as armas que trazem a morte para si própria", pois age de forma a limitar os meios de solução para os problemas, mesmo sendo isso um efeito colateral.

Os trabalhadores assalariados são usados como meros instrumentos para facilitar o uso da máquinas, mas essas não dependem da venda da força de trabalho para sobreviver, já que os trabalhadores sacrificaram seus meios próprios de produção. Porém, o número de proletariados só expande, por isso, o texto mostra que os trabalhadores devem se unir e formar associações contra os excessos cometidos pela burguesia, como o trabalho de mais 12 horas por dia. Outro fator importante ressaltado é que são os proletariados, que realmente são a classe revolucionária. Já que a burguesia não tem capacidade pra se manter no poder, pois é incapaz de garantir a existência do proletariado. A condição principal para a manutenção da dominação da classe burguesa é a concentração de riqueza nas mãos de particulares, a formação e a multiplicação do capital; tudo isso acabaria, pois a condição de existência do capital é o trabalho assalariado.

Na segunda parte do livro, os autores buscam esclarecer o que é o comunismo. Os comunistas defendem os interesses do proletariado. Seu objetivo imediato é a derrubada do domínio da burguesia e a conquista do poder político. Sua proposição teórica é a supressão da propriedade privada.

Na sociedade burguesa, o trabalho vivo constitui apenas um meio para multiplicar o trabalho acumulado. Na sociedade comunista, o trabalho acumulado é apenas um meio para ampliar, enriquecer e incentivar a existência do trabalhador. O comunismo não retira a ninguém o poder de apropriar-se de produtos sociais; apenas suprime o poder de, através dessa apropriação, subjugar o trabalho alheio. Sustenta-se que à medida em que a exploração de um indivíduo por outro for abolida, também o será a a exploração de uma nação por outra.

Na terceira parte, são explicados os vários tipos de socialismo e comunismo: o reacionário, o conservador e o utópico. Este último preconiza que o socialismo é a única alternativa para se chegar a uma sociedade melhor, ou seja, os utópicos são pacifistas. Para eles não é necessária a ação política, as pessoas só precisam compreender que o socialismo é a melhor opção que elas têm e a transformação do Estado será uma mera questão de tempo. O que é contrário ao comunismo marxista, segundo o qual os fins de interesse do proletariado só serão alcançados através da derrubada violenta da ordem existente.

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