"Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
(...)
Você pode dizer
Estes são trechos traduzidos da música "Imagine" de John Lennon. É Lennon, mas poderia ser Marx.
Ao ler "O Manifesto Comunista" de Karl Marx é possível observar os ideais do autor. Ele não fala exatamente sobre o fim dos países ou da religião, mas trata estes como consequência do desenvolvimento real do socialismo. Já o fim das posses, da propriedade privada, da ganância e da fome e a formação de uma sociedade igualitária são ideais já amplamente conhecidos do socialismo, também sendo facilmente observáveis no manifesto. Por fim a chamada para que as pessoas se juntem em prol deste ideal na música de John Lennon, da mesma forma como Marx encerra seu texto com a célebre frase: "Proletários de todos os países, uni-vos!" Sim, são palavras diferentes, são contextos diferentes, Marx chama os proletários e John Lennon chama a todos. Mas no fim das contas as ideias dos dois não eram as mesmas? O intuito nos dizeres e até a forma como foram colocados não seriam os mesmos? Claramente sim.
Marx e Lennon foram grandes sujeitos de grandes ideais. Entretanto o fim dos pensamentos de Marx na prática e a morte do próprio John Lennon fazem com que certas análises sejam necessárias:
Ambos tratam religião e nacionalidades como passíveis de causarem diferenças. A diferença é necessária para o ser humano, as pessoas tendem a ser diferentes e não são esses dois fatores que causam a briga entre elas, mas sim a intolerância em volta deles. E também não é necessariamente a posse que causa as desigualdades. Como o próprio Marx diz, a posse de terras na época dele era de cerca de 90% nas mãos dos grandes latifundiários e isso não é por culpa da posse, mas por culpa da ganância humana! Nenhum ser humano acharia ruim se o outro tivesse posse do suficiente para viver e ser feliz com dignidade e até mesmo um algo a mais se achasse necessário, desde que não faltasse para os outros. O problema é que a ganância cega o ser humano e a posse dá suporte para essa ganância. Mas a verdade é que religião, nacionalidades e posse não são os culpados, mas sim a intolerância e a ganância humanas. Aqueles são só pretextos para a necessidade humana de praticar o mal para os outros. Não há socialismo que resolva isso.
E é aí que entra a questão do fim dos ideais de Marx na prática e da morte de John Lennon: o fim dos ideais de Marx na prática pode ser entendido como a experiência soviética, claramente fracassada. A antiga URSS não conseguiu nunca levar à prática todos os ideais de Marx. E por incrível que pareça, a ganância e a intolerância de alguns no regime podem ser facilmente citadas como algumas dentre as diversas causas do fracasso. Chega a ser irônico...
Já a morte de John Lennon deveu-se a um fã. O extremo da paixão fez com que o fã matasse o próprio ídolo. E isso acontece diariamente: paixões doentias que terminam em tragédias. Mas voltando ao contexto, a relação disso com o tema é que simplesmente o extremismo causou essa morte. E o extremismo é, querendo ou não, presente nos pensamentos de Lennon e Marx e todo tipo de extremismo, sem exceção, causa isso: destruição. A tolerância deve ser sempre levada em consideração, ela é simplesmente primordial!
Liberdade sem igualdade como vemos atualmente em muitos lugares do mundo é claramente ruim. Mas igualdade sem liberdade e cheia de extremismos também não é tanta vantagem. É como escolher entre a AIDS e o câncer...
Eu particularmente não acredito que essa ou aquela forma seja o perfeito ou o total imperfeito. Só gosto do respeito à liberdade e à igualdade e prefiro fazer minha parte a defender ideais impraticáveis. Talvez se vários fizessem sua parte, no fim uma consciência social, coletiva fizesse do mundo um lugar realmente melhor. E por mais que eu tente viver na prática, na realidade, eu ainda posso ser considerado um sonhador por acreditar que mais possam pensar como penso. Mas quem sabe algum dia mais sonhadores se juntem a mim? Não é impossível. Utilizando de outro trecho traduzido de música, de outro John, "Belief" de John Mayer: "A convicção é uma bela armadura(...) convicção pode, convicção pode..." Que essa convicção esteja presente em mais mentes.
Já seria um começo...
(...)
Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um diaVocê se juntará a nós
E o mundo será como um só."
Estes são trechos traduzidos da música "Imagine" de John Lennon. É Lennon, mas poderia ser Marx.
Ao ler "O Manifesto Comunista" de Karl Marx é possível observar os ideais do autor. Ele não fala exatamente sobre o fim dos países ou da religião, mas trata estes como consequência do desenvolvimento real do socialismo. Já o fim das posses, da propriedade privada, da ganância e da fome e a formação de uma sociedade igualitária são ideais já amplamente conhecidos do socialismo, também sendo facilmente observáveis no manifesto. Por fim a chamada para que as pessoas se juntem em prol deste ideal na música de John Lennon, da mesma forma como Marx encerra seu texto com a célebre frase: "Proletários de todos os países, uni-vos!" Sim, são palavras diferentes, são contextos diferentes, Marx chama os proletários e John Lennon chama a todos. Mas no fim das contas as ideias dos dois não eram as mesmas? O intuito nos dizeres e até a forma como foram colocados não seriam os mesmos? Claramente sim.
Marx e Lennon foram grandes sujeitos de grandes ideais. Entretanto o fim dos pensamentos de Marx na prática e a morte do próprio John Lennon fazem com que certas análises sejam necessárias:
Ambos tratam religião e nacionalidades como passíveis de causarem diferenças. A diferença é necessária para o ser humano, as pessoas tendem a ser diferentes e não são esses dois fatores que causam a briga entre elas, mas sim a intolerância em volta deles. E também não é necessariamente a posse que causa as desigualdades. Como o próprio Marx diz, a posse de terras na época dele era de cerca de 90% nas mãos dos grandes latifundiários e isso não é por culpa da posse, mas por culpa da ganância humana! Nenhum ser humano acharia ruim se o outro tivesse posse do suficiente para viver e ser feliz com dignidade e até mesmo um algo a mais se achasse necessário, desde que não faltasse para os outros. O problema é que a ganância cega o ser humano e a posse dá suporte para essa ganância. Mas a verdade é que religião, nacionalidades e posse não são os culpados, mas sim a intolerância e a ganância humanas. Aqueles são só pretextos para a necessidade humana de praticar o mal para os outros. Não há socialismo que resolva isso.
E é aí que entra a questão do fim dos ideais de Marx na prática e da morte de John Lennon: o fim dos ideais de Marx na prática pode ser entendido como a experiência soviética, claramente fracassada. A antiga URSS não conseguiu nunca levar à prática todos os ideais de Marx. E por incrível que pareça, a ganância e a intolerância de alguns no regime podem ser facilmente citadas como algumas dentre as diversas causas do fracasso. Chega a ser irônico...
Já a morte de John Lennon deveu-se a um fã. O extremo da paixão fez com que o fã matasse o próprio ídolo. E isso acontece diariamente: paixões doentias que terminam em tragédias. Mas voltando ao contexto, a relação disso com o tema é que simplesmente o extremismo causou essa morte. E o extremismo é, querendo ou não, presente nos pensamentos de Lennon e Marx e todo tipo de extremismo, sem exceção, causa isso: destruição. A tolerância deve ser sempre levada em consideração, ela é simplesmente primordial!
Liberdade sem igualdade como vemos atualmente em muitos lugares do mundo é claramente ruim. Mas igualdade sem liberdade e cheia de extremismos também não é tanta vantagem. É como escolher entre a AIDS e o câncer...
Eu particularmente não acredito que essa ou aquela forma seja o perfeito ou o total imperfeito. Só gosto do respeito à liberdade e à igualdade e prefiro fazer minha parte a defender ideais impraticáveis. Talvez se vários fizessem sua parte, no fim uma consciência social, coletiva fizesse do mundo um lugar realmente melhor. E por mais que eu tente viver na prática, na realidade, eu ainda posso ser considerado um sonhador por acreditar que mais possam pensar como penso. Mas quem sabe algum dia mais sonhadores se juntem a mim? Não é impossível. Utilizando de outro trecho traduzido de música, de outro John, "Belief" de John Mayer: "A convicção é uma bela armadura(...) convicção pode, convicção pode..." Que essa convicção esteja presente em mais mentes.
Já seria um começo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário