Marx
e Engels criaram um novo tipo de analise dos fatos sociais, uma analise que
consistia no material, no real, na prática, em suma, no que existe. Essa forma
de percepção da realidade é nomeada de Materialismo Dialético. O materialismo dialético
consiste em uma superação da antiga filosofia, em especial a Alemã, que coloca
as ideias acima da razão. Um dos principais filósofos que Marx e Engels
criticam é Hegel. Hegel afirma em sua filosofia que só existe conhecimento no
campo das ideias, e os marxistas discordam dizendo que o campo material traz o
conhecimento ao campo das ideias.
Na
busca para um socialismo concreto, Marx e Engels combatem o socialismo utópico
e sua fragilidade – é extremamente idealista a teoria de que os burgueses irão
abrir mão de seus meios de produção. Para isso, ambos criam uma teoria para
compreender a sociedade capitalista, e através de seus livros, falam sobre a
mudança do concreto, sobre uma revolução. Os pressupostos para a sua teoria são
os mesmos de quaisquer teorias, eles analisam as situações e montam hipóteses e
a partir destas, tentam confirmar ou negar. Para eles, o ponto mais importante
é a compreensão do real. Para isso, eles usam uma analise de toda a trajetória histórica
e não somente do “momento”, eles veem todo o caminho percorrido e tentam tirar
disso a fragilidade do sistema e como ele funciona.
Nisso,
se vê que a sociedade capitalista é repleta de contradições que a sustentam e a
destroem ao mesmo tempo. Um exemplo é que o trabalhador que produz e deve viver
em condições miseráveis para o lucro do patrão, é o mesmo que consome. Ou seja,
a partir do momento que o trabalhador não tiver como consumir, o patrão não tem
como vender e lucrar sobre. Nisso, a sociedade burguesa se expande e se limita
exatamente como previram.
Ambos
analisam como a história é uma constante luta de classes, entre o senhor do
feudo e o servo, entre o proletário e o burguês, e por assim vai. Eles veem que
a saída para essa sociedade é a Revolução do Proletariado, que vai acontecer em
algum momento da história, já que o sistema capitalista é marcado por
contradições que podem e vão ruir em algum momento.
Barbara Moreira Ortiz - 1º Ano Direito Matutino.
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