Ao falarmos das teorias de Marx e Engels, é quase que inevitável cair no lugar-comum do adjetivo "revolucionárias". É uma relação que se estabelece naturalmente com estes autores. Porém, não se pode ter em mente que a revolução nesta doutrina reside apenas nas relações sociais e políticas. Muito pelo contrário: grande parte da inovação destes pensadores reside no método empregado para entender o mundo.
Tendo em vista o título desta postagem e a breve introdução supracitada, cabe agora apresentar o método empregado por Marx e Engels em sua ciência - o Materialismo Dialético. É intuitivo contrapor o materialismo ao idealismo. Grande parte da "novidade metodológica" está neste antagonismo. Marx, em uma célebre frase, afirma que bastava de interpretar o mundo (como faziam os seus precedentes). Era hora, pois, de transformá-lo. Para tal, Marx e Engels rejeitavam o pensamento baseado no plano das ideias, promovendo forte crítica ao idealismo hegeliano, baseando-se no pressuposto de que tal filosofia não seria útil para a transformação efetiva do mundo.
Assim, sendo, propunham-se a realizar uma análise transformativa do que é concreto na sociedade. Para alcançar este objetivo, os dois autores traçam uma relação entre os fenômenos materiais e os acontecimentos sociais. Segundo esta corrente, ocorreria uma transformação mútua entre os dois fatores acima. Esta relação de transformação simultânea entre dois fatores confere à ideologia de Marx e Engels a característica de "dialética".
Por fim, reitero que a revolução estabelecida no campo metodológico foi, sem dúvidas, de extrema importância para a ciência como um todo. O Materialismo Dialético realmente alterou a forma de estudo das coisas, passando a valorizar devidamente o concreto, o físico, o material.
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