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sábado, 9 de março de 2013

Contemporaneidade do Método


             O século XVI ficou marcado pela transformação da visão de mundo do homem ocidental. Inauguraram-se grandes descobertas, as quais acarretaram uma profunda rejeição dos ideais até então difundidos e afirmados pelo poder de autoridades agora contestadas.
            Na área filosófica e cientifica, a superação das incertezas não poderia se dar nas ruínas do pensamento medieval. Era necessário um recomeço, uma nova forma de pensar que conduzisse a certezas universais. Era necessária a busca pelo Método da ciência.
            Em sua obra "O Discurso do Método", René Descartes reafirma essa necessidade e diz ser sua missão filosófica unificar todos os pensamentos humanos em bases seguras e edificar um pensamento iluminado pela razão.
            Dessa forma, Descartes inicia sua jornada filosófica em detrimento do pensamento até então vigente, a Escolástica. Enquanto que para Descartes só pode ser tomado como verdadeiro o que é intuitível através da clareza e da razão, os ensinamentos escolásticos muitas vezes partiam de princípios obscuros e duvidosos, prezando a dominação da palavra pelo mestre. 
            Apesar de ser um pensador renascentista, a obra de Descartes pode ser tomada como atemporal. Em uma sociedade tomada por modelo produtivista e quantitativo de ensino, sendo necessária a memorização para preservação do pensamento e  com autoridades proprietárias do conhecimento, a crítica ao pensamento medieval escolástico de Descartes é sempre atual. 

Fernanda dos Santos Nogueira - 1º ano Noturno 

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