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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Análise de Weber

Max Weber, em seu texto Economia e Sociedade – Fundamentos da Sociologia Compreensiva, analisa a racionalização da sociedade comparando antiguidade e modernidade, expondo o fato de que na antiguidade as pessoas não costumavam reclamar suas dívidas pelo fato de que elas eram feitas, normalmente, entre irmãos, e quando tais dívidas eram sanadas não existia o acréscimo de juros. Além disso, as responsabilidades dos devedores não recaiam ao seu patrimônio, mas sim sobre o seu próprio corpo, ou seja, quando a dívida não era paga, o corpo do devedor se tornava propriedade do credor.
Já na modernidade, além de haver várias formas, lícitas e ilícitas, de se cobrar uma dívida e estas somam juros que podem tanto ser moderados como extraordinários, de acordo com cada credor, e além de haver juros esses são contabilizados de forma composta, o que faz com que o valor da dívida aumente de maneira acelerada. 
Também se separa a pessoa física dirigente ou proprietária de uma empresa da pessoa jurídica dessa empresa, coisa que não ocorria na antiguidade.
Essa separação possibilita que uma empresa declare falência sem que seus dirigentes e associados tenham que arcar com as dívidas da pessoa jurídica em questão com o seu patrimônio pessoal, a não ser em casos especificados por lei.
Ainda falando de pessoa jurídica, Weber constata que o Estado deve ser tratado como tal, o que significa que o Estado possui direitos, deveres e patrimônio próprio, o que possibilita que ele seja alvo de processos judiciais quando ele não assegura os direitos que deveria, como por exemplo quando o sus não oferece tratamento adequado para determinada pessoa física.
Grande parte dos fatos analisados por Weber em sua época não mudaram ao longo das décadas que sucederam, como é o caso dos fatos aqui citados, o que mostra a importância de se estudar os seus escritos, e ainda que mudem, a importância não se perderá, já que se trata uma análise digna de estudos.

Obs: texto referente à aula 6.

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