As mudanças que ocorreram no modo de produção capitalista na Era moderna
instituiu um forte processo de racionalização que se estendeu dos ramos
científicos e contábeis, até a conduta humana. E assim institui-se a
necessidade de em todas as situações sempre buscar o caminho mais vantajoso.
Procuramos o melhor "investimento" a cada instante; em nossas
relações pessoais, costumamos manter contato com algumas pessoas que não
gostamos apenas pelo fato de que elas representam uma possibilidade de nos beneficiar
de alguma forma. As famílias atuais estão se configurando de uma forma em que
os pais procuram com mais afinco trabalhar duro e ganhar dinheiro, do que
conceber um pouco mais de atenção aos filhos. Chegamos a um estado em que todas
as nossas ações se racionalizaram, inclusive as afetivas, e só são feitas
mediante um contrato de "custo-benefício inconsciente".
Então, o resultado da introdução do espírito capitalista na
sociedade, acabou resultando na nossa busca incessante por lucro de todos os
tipos, e para isso nos esforçamos ao máximo para acumular dinheiro e méritos.
Toda essa acumulação não possui uma razão concreta que a justifique imediatamente,
há apenas o fato de que desejamos acumular mais a cada instante. Logo,
passamos a viver a base de fortes necessidades de acumulação de capital que não
possui um objetivo plausível, pregamos a acumulação pela acumulação. Passamos a
viver em nome do dinheiro, que no final não servirá para o nosso lazer, mas
para demonstrar que somos capazes de ganhar ainda mais. De certa forma somos
escravizados pelo espírito do capitalismo e alimentamos a nossa escravização
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