O
capitalismo segundo Max Weber
Max weber foi um importante pensador alemão, que viveu
durante a segunda metade do século XIX e durante a primeira metade do século XX,
tendo realizado inúmeros trabalhos principalmente no campo jurídico, econômico
e principalmente no campo sociológico que foi o campo onde atingiu maior
prestígio e elaborou uma de suas principais obras que foi “A ética protestante
e o espírito do capitalismo”.
Weber nesse livro se contrapôs ao materialismo marxista
então em voga, tentando desvendar o próprio espírito do capitalismo em toda a
sua complexidade e representação histórica.
De acordo com weber o capitalismo não é somente a busca
incessante e efêmera por lucro, seja a sociedade que for o capitalismo é muita
mais do que esse simples objetivo; tem em si um espírito próprio que não está
no sentido material, mas no sentido da frugalidade, do trabalho incessante,
onde tais elementos são representantes do exercício da ética protestante, que
segundo weber foi essencial para o desenvolvimento do capitalismo em todas as
suas bases, e ainda de acordo com weber o capitalismo surgiu primeiro nos
lugares como a Inglaterra, pois foi onde o protestantismo se enraizou.
Weber ainda afirma que o capitalismo se diferencia dos
outros modos de produção, pois traz engendrado em si a racionalização, o que os
outros modos não trazem. Segundo ele a racionalização pode ser contábil, que é
a que diz que os bens da empresa são diferentes dos bens próprios, a
racionalização jurídica; que é que o capitalismo tem suas bases nas estruturas
do direito e da administração, a racionalização do homem; que é quando o homem
adota tipos diferentes de conduta, e por fim a racionalização científica; que é
a que trata a respeito da dependência do capitalismo das evoluções propiciadas
pela ciência moderna.
Essa racionalização científica pode ser evidenciada, por
exemplo, no fato de uma pessoa preferir uma televisão de alta definição de
imagem ao invés de uma televisão convencional de tubo.
Portanto o capitalismo traz em si embates culturais, que o
representam em toda sua extensão demonstrando assim sua complexidade e sua
importância para a construção da sociedade moderno-contemporânea pautada em
preceitos racionais que de alguma maneira, como fez o grande intelectual Max
Weber, tentam explicar “O espírito do capitalismo”.
Afonso Marinho Catisti de Andrade
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