Max
Weber, em seu texto A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo vem nos
mostrar o porquê foi um grande pensador do século XX. Ao explicar o espirito do
capitalismo, Weber entende que este não é a ânsia pura por lucro, pois isso
sempre existiu, o ser humano sempre deseja ganhar alguma coisa, mas o
capitalismo é mais que isso, é a dinamização racional do investimento, ou seja,
é o ato de empreender, transformar algumas moedas em algo totalmente novo. E é
isso que o calvinismo (o protestantismo do texto) permitiu, que a acumulação de
riquezas, a geração de lucro, deixasse de ser pecado e passasse a ser objeto da
salvação humana. O que diferencia o modo
de produção capitalista de qualquer outro na história é a ideia de racionalização,
que contem as seguintes ideias: a separação dos bens da empresa dos bens do
individuo, a dependência capitalista dos avanços das ciências, as estruturas do
direito e da administração publica servirem como pilares da racionalidade
capitalista e, principalmente, a dependência do racionalismo econômico da disposição
humana em adotar certos tipos de conduta. Assim, Weber entende que acumular
capital é uma virtude no mundo contemporâneo e não uma mesquinhez, avareza,
como era visto nos tempos anteriores (antes, ter dinheiro sobrando, era motivo
suficiente para gastar tudo em festas, por exemplo). Até hoje, o indivíduo que não
trabalha ou que trabalha só pela sua sobrevivência, sem acumular capital, é
visto com maus olhos pela sociedade e taxado de vagabundo, e o direito trata de
cuidar disso, através de suas normas penais. Por isso também que a criança não entende
o porque que os pais não querem lhe dar um brinquedo caro sendo que eles tem
dinheiro. Simplesmente porque é a ideia capitalista é que é preciso acumular,
investir, gastar somente o que se tem e, de preferencia, guardar sempre um
pouco para um possível futuro. Um exemplo típico desse burguês descrito por
Weber , como um sujeito econômico e comedido com seus gastos é o Tio Patinhas,
como mostra essa tira a seguir:
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