O racionalismo e o empirismo certamente foram correntes essenciais para a história da humanidade. No contexto de revoluções industriais, tecnológicas e científicas, René Descartes e Francis Bacon contribuíram para a formação do mundo como ele é hoje. Sem eles, o método científico não seria eficiente e nossas descobertas seriam recheadas de dúvidas e contradições.
Contudo, hoje, apesar de tal pensamento mecanicista ainda fazer parte do nosso cotidiano, é necessário tomar cuidado com os limites dessa maneira de agir. As ações baseadas apenas na razão e experiência, podem não respeitar a ética e a moral da sociedade, é o caso da clonagem humana, por exemplo, que apesar de já ser possível de ser feita, felizmente, respeitando o que se conhece por individualidade e originalidade humana, não é permitida. Ainda, outro exemplo é o caso da religião, apesar de racionalmente falando muitos eventos não possuírem explicação, as Igrejas são isentas de impostos no Brasil, levando em conta justamente o pensamento de que mesmo sem verdades absolutas, o indivíduo deve aproveitar sua crença.
É preciso, no entanto, ser cauteloso com relação a essa ideia de que a visão racional não é universal, pois mesmo que não seja, isso não é desculpa para não confiar totalmente nela quando se trata de questões que não põem em xeque a identidade humana e suas individualidades, como o que acontece com a questão das vacinas para a COVID-19 e a cloroquina, em que muitas pessoas não só desconfiam da efetividade daquelas, mas confiam na dessa, sem possuir a menor base científica para isso, apenas pelo fato de um líder (Jair Bolsonaro) incentivar essa atitude.
Portanto, conclui-se que as correntes filosóficas do século XVII são sim extremamente úteis para o mundo contemporâneo, o erro está em basear-se apenas nelas, sem o olhar do individualista, ou ainda, não se basear nelas quando é necessário.
Fernando Alee Suaiden - 1° Ano Matutino
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