Em uma sociedade historicamente
marcada pela ignorância e pelo negacionismo, uma visão do mundo pautada na
experiência e, principalmente, na razão faz- se extremamente necessária para
superar tais problemas e evoluir o modo humano de pensar. Assim, o filósofo
francês René Descartes pensou em um método pautado na dúvida (pois ela gera o
raciocínio necessário para o desenvolvimento do pensamento pessoal e a
resolução de problemas) para explorar a racionalidade humana, deixando a
experiência em um segundo plano, visto que as realidades pessoais são
individuais e não coletivas, ou seja, não há como generalizar as vivências e
visões de mundo da coletividade. Ademais, por ter vivido no período medieval,
Descartes crê que Deus tenha um papel importante na busca humana pelo
conhecimento, uma vez que Ele garante e autoriza toda essa busca.
Já o filósofo inglês Francis
Bacon baseava-se no empirismo, ou seja, acreditava na experiência como
principal aspecto da busca pela racionalidade humana. Para ele, o conhecimento
empírico do homem permite que o mesmo se antecipe à natureza (ao retirar a
roupa do varal ao notar que o tempo chuvoso está prestes a começar, por
exemplo) e consiga controlá-la (criando métodos de plantio mais eficazes, por
exemplo). Ademais, o conhecimento empírico é democrático e acessível, visto que
todos, independentemente de qualquer distinção, o possui, desse modo, todos
podem alcançar a racionalidade e usufruí-la.
Diante do exposto, conclui-se que
René Descartes e Francis Bacon possuíam diferentes pensamentos sobre o saber
empírico, para este, ele é essencial, para aquele, nem tanto. Porém, o
importante a se notar é a busca constante dos dois filósofos pelo racionalismo,
independentemente do método utilizado para tal. Assim, ambos se complementam em
prol de um objetivo em comum: desenvolver a racionalidade, o pensamento e o
saber humano.
Guilherme Corazza Veloso, RA:
221220542 – Direito, Primeiro ano, Noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário