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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Dialética da classe média

Para Hegel, e muitos positivistas e até aspirantes a políticos contemporâneos o direito
é o meio pelo qual o ser humano se emancipa,em que adquire seus direitos plenamente,
e este serve para garantir as estruturas estabelecidas, tais como por exemplo: casamento,
propriedade privada divórcio, concessões públicas, contratos, obrigações e etc..
No entanto, apesar de complexo, a ideia  idealista de Hegel, em que o direito é visto
como positivo e emancipador, e que a história se constroem em cima da evolução deste,
é equivocada de acordo com o sociólogo Karl Marx. Para Marx, o direito tem o papel
conservador, de concretizar a exploração da mais-valia por meio dos contratos e de
manter as estruturas políticas e sociais, além de que a história é construída
pela luta de classes.

Nesse contexto que nos relacionamos à contemporaneidade. Com a ascensão da classe média, uma espécie de sub-burguesia que não detêm os meios de produção mas não se reconhece como proletariado, a sociedade pseudo-intelectual se expandiu e a distância entre explorador e explorado aumentou, mas, por sua vez, a exploração também.

Nesse ínterim, podemos observar a quebra da dialética proposta por Marx. Pois ele acreditava que a luta de classes levaria ao decorrer da história, com revoluções e movimentos contra-culturais e governantes, no entanto, esse novo limbo de estrato social, que é a classe média, dificulta o processo pela sua inércia ao sistema vigente. A classe média cria, portanto, sua própria dialética, pois, com os lampejos de riqueza, e alguns exemplos de que a meritocracia podem os tornar burgueses, almejam a riqueza, no entanto, só contribuem com o sistema pelo qual são igualmente (aos proletários) explorados e enganados. Exemplo disso, tem se  a indústria cultural para o consumo, e o dignificação do trabalho pela religião.

No mais, a ideia Hegeliana de idealidade do Direito contribui nesses pensamentos inseguros e indecisos, que encontram nas leis, no judiciário, na polícia a ideia da falsa segurança de seus patrimônios e consequentemente, da sua,frágil,  moral.

Júlia Kleine Mollica - Direito Noturno 

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