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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pensando Globalmente


            O Filme “O Ponto de Mutação” foi baseado no livre de mesmo nome escrito por Fritjof Capra, físico austríaco e teórico de sistemas complexos. Neste livro destacam-se duas grandes teorias a primeira é reducionista e modelo para o método científico dos últimos tempos, a segunda, holística ou sistêmica. Este artigo tratará apenas da segunda.
            A biologia, desde seus primórdios, quando começou a ser estudada, compara os organismos às máquinas, assim como Descartes e Newton compararam os corpos dos animais e o mundo a um relógio. Mas essa analogia nem sempre é viável, pois, apesar de terem comportamentos semelhantes, as diferenças estruturais e, principalmente, de interação entre suas partes é significativa. Embora seja imprescindível que se conheça as “peças” é preciso observar mais atentamente os processos e não as estruturas, pois estes são indissociáveis.
            Essa é a essência da Teoria dos Sistemas Vivos, estudar os sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependências de suas partes. Buscando entender, também, sua natureza. Na ecologia, por exemplo, todos os membros de uma comunidade estão interligados numa grande rede de relações. Logo, a interdependência é a natureza de todas as relações.
            Assim, é válida a nossa mutação perceptiva das partes para o todo, de objetos para relações, ou seja, pensar de forma sistêmica. Um sistema sustentável talvez não esteja ciente das múltiplas relações entre seus membros, mas nutrir o sistema significa nutrir estas relações. Então, o sucesso de um sistema está sujeito ao sucesso de cada um de seus integrantes e o sucesso de cada integrante está sujeito ao sucesso do sistema como um todo.

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