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sexta-feira, 13 de abril de 2012

A busca pela harmonia

O filme “Ponto de Mutação” baseia-se no livro de Fritjof Capra e é um documentário que se passa na França, onde se encontram um poeta angustiado com o sentido da vida humana, um político em crise por ter perdido as eleições e uma física frustrada por ver suas experiências serem utilizadas por militares para fins destrutivos. Eles discutem, então, o conhecimento humano, cada um com seu ponto de vista. O filme nos leva a enxergar a realidade com outros olhos, com uma visão sistemática, observando um objeto com seu conjunto de conexões e como estas refletem no mundo.

A ciência moderna avança a cada dia e a sempre atual discussão é se ela não rompe com os valores éticos. Vivemos num mundo capitalista saturado de tanta produção, com inúmeras inovações tecnológicas e as vezes nos tornamos mecânicos. Precisamos nos desligar da definição cartesiana de que o ser humano é como uma maquina, o homem é um ser autodeterminante com sentimentos e sensações que o fazem mudar de comportamento e também o fazem ter a vontade de controlar natureza. É próprio do ser humano a ação transformadora da natureza. Mas, como o sistema em que vivemos prega o progresso infinito, essa característica humana é aflorada e um grupo cada vez menor de pessoas, na busca pelo enriquecimento, domina a natureza e as outras pessoas. É nesse ponto que precisamos nos perguntar se a humanidade usa de ética nas descobertas e pesquisas cientificas ou se ela somente busca um progresso financeiro. Outro ponto é o da sustentabilidade. Depois de tantos anos explorando a natureza, hoje somos obrigados a cuidar dela e, por mais que essa mudança nos costumes sociais seja difícil, é preciso aliar tecnologia e sustentabilidade.

Concluo, então, que a principal utopia contemporânea é exatamente a existência de uma sociedade em que haja harmonia entre o avanço científico e tecnológico e o meio ambiente por inteiro. E entendo, então, que para alcançar tal “felicidade” é preciso dar mais espaço aos nossos sentimentos, como dizia Charles Chaplin: “Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura, que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.

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