Hoje em dia, as pessoas estão, cada vez mais, se isolando em seu âmbito particular, pouco compartilham suas experiências, quase nunca tentam algo novo, devido a correria dos dias atuais. Apesar de a ciência, com a participação de alguns, estar muito desenvolvida e trazendo tantas melhorias à humanidade, as pessoas ainda se baseiam no senso comum. Também, hoje, lemos os clássicos como devotos, sem pensarmos se eles realmente nos trazem benefícios práticos e quase sempre foi assim. Francis Bacon, em seu livro ‘Novum Organum’, mostra-nos a sua defesa pelo real, pelo palpável. Ele critica, por exemplo, a sabedoria dos gregos, que é farta em palavras, mas fraca em obras. Por isso, ele propõe um ‘novo instrumento’, a experimentação.
Um bom exemplo para a crítica de Bacon sobre os gregos, no âmbito atual, é o tão defasado “movimento de esquerda”, que, apesar de contraditório, podemos chamar de “comunismo de Lacoste” ou de qualquer outra marca que se utiliza da mais-valia. Algumas pessoas, dizem-se comunistas, brigam entre si, mas não vivem como tal e, portanto, a revolução proposta por Karl Marx não ocorre e a prática de tal ideologia inexiste.
Como sentidos podem nos enganar e a nossa mente (razão) pode nos conduzir a um caminho irreal, é preciso sempre buscar a experiência para se obter conhecimento. A ciência, não deve ser feita como mero exercício da mente humana, mas como exercício prático de descobertas com a finalidade de trazer bem-estar aos homens. Assim como as teorias e ideologias, que visam tal bem-estar, não devem ficar só no papel.
Enfim, para não termos falsas percepções do mundo (Ídolos, como chamadas por Francis Bacon), devemos sempre nos basear na experiência, pois é ela, que, quando a nossa mente viaja com os nossos sentidos, nos traz de volta ao mundo real, simboliza os cavalos da nossa carruagem chamada ‘imaginação’. Podemos, pois, dizer que o método de Bacon é praticamente uma cura da mente, a regulação desta por mecanismos de práticas passadas e já conhecidas por nós.
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