Não é sem motivo que Francis Bacon é tido como símbolo da Renascença. Com sua visão acerca da natureza e da experimentação, além de suas críticas a várias maneiras de fazer ciência, o pensador do século XVII ensina ao homem do século XXI como usar a mente de forma correta.
Em sua obra, "Novum Organum", Bacon apresenta um método que busca uma ciência eficiente na luta contra a natureza, sendo que para controlar a natureza é preciso antes ter o controle da própria mente, adquirido apenas através da experiência. Apesar de antiga, a ideia de amadurecimento não está presente intensamente na vida do homem contemporâneo, que está inserido em uma cultura imediatista.
Também é de grande valia para o homem da atualidade o pensamento de Bacon sobre as antecipações da mente, visto que estas são a base para o senso comum e para as falsas percepções do mundo (ídolos), representando uma oposição à clareza científica. Fazem parte deste pensamento as críticas aos pensadores gregos, em especial Aristóteles, que fazem das ciências artes contemplativas baseadas não em experimentos, mas em especulações e fantasias.
Assim, com seu método indutivo e sua proposta científica, o homem do passado ensina ao do presente a guiar sua mente pelos caminhos da experiência e a negar a mera contemplação como resposta da busca pela verdade.
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