Bacon em sua obra “Novum Organum” apresenta-nos uma ciência muito semelhante a realizada na atualidade, uma ciência pautada na experiência, na capacidade humana de provar uma teoria e não apenas baseada na argumentação e no raciocínio lógico.
A sociedade empírica de Bacon, capaz de expulsar os ídolos, falsas visões de mundo, não foi ainda posta em prática. Diversos fatores contribuem para bloquear a verdade que emana das realizações científicas e impedi-las de provocar as devidas mudanças nos indivíduos pertencentes à sociedade. Em cada ídolo citado por Francis Bacon encontram-se instituições responsáveis pela sua perpetuação na atualidade.
Ídolos da tribo - Como a mídia lida coma informação, ela tem a capacidade de formar opiniões e com isso utilizar-se das informações da maneira que lhe convir. É capaz de causar, portanto, distorções da realidade, causadas por uma mente controlada por essa mídia.
Ídolos da caverna – Religião e educação são responsáveis pela formação do indivíduo, influenciam suas escolhas e sua visão de mundo. Contribuem, pois, para formação de modelos a serem seguidos.
Ídolos do foro – Os sistemas econômicos vigentes em uma sociedade são capazes de influenciar a conduta de seus membros. Maior ou menor competitividade, maior ou menor submissão ao Estado; tornando-se características necessárias para a sobrevivência da estrutura.
Ídolos do teatro – Superstições em geral contribuem para que fatos científicos sejam explicados por concepções sobrenaturais que estimulam a imaginação. Embelezam a realidade a fim de afastar as pessoas dos objetivos das grandes instituições.
Consideramo-nos tão evoluídos e mesmo assim continuamos sob a influência de ídolos identificados por Bacon em 1620. Somos racionais ou manipuláveis?
Nenhum comentário:
Postar um comentário