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sexta-feira, 3 de junho de 2011


Máquinas: fabricando uma nova forma de viver

A transformação da manufatura em maquinofatura trouxe consigo inúmeras mudanças na forma de viver das sociedades da época.
O cotidiano era antes estruturado em torno da família, que se utilizava basicamente da terra ou da renda da produção manufatureira para sua subsistência. Com o desenvolvimento da maquinofatura, mudam as relações de poder dentro do núcleo familiar, que passa a se organizar em torno da força de trabalho.
A importância da força de trabalho obrigou os então operários ao êxodo rural, mudando-se para locações mais próximas das fábricas e alterando a estrutura de seus lares.
Para exercer as funções fabris, não era mais necessária a força física, o que possibilitou o trabalho feminino e o infantil, desvalorizando o papel do homem na função de trazer a renda para a família.
Os operários passam a se moldar a situações extremas de exploração, por diversas vezes, como cita o texto “atestados médicos aumentavam a idade das crianças para satisfazer a ânsia de exploração capitalista e a necessidade de traficância dos pais”, além disso, as condições de trabalho eram agora precárias, com pouca segurança e longas jornadas de trabalho.
Essa transformação dos adolescentes em máquinas, cria uma nova forma de ignorância, diferente da ignorância natural, do espírito que não recebe a devida cultura. A nova ignorância faz com que o adolescente perca sua capacidade de desenvolvimento intelectual, acreditando servir apenas para a produção de mais-valia.
Os meios de comunicação e transporte são um exemplo de nova forma de viver que influencia a vida do operário, mas principalmente a do burguês. Os antigos modos de comunicação e transporte tornam-se obstáculos à industria moderna devido principalmente à sua “velocidade febril de produção em grande escala, ao contínuo deslocamento de massas de capital e trabalhadores de um ramo de produção para outro e com as novas conexões que criou no mercado mundial”. É dessa maneira que vemos surgir os navios a vapor, as vias férreas, os transatlânticos e o telégrafo, filhos da industria moderna, que nunca teriam existido se não fosse pelo desenvolvimento tecnológico exigido e possibilitado pelo desenvolvimento da indústria.

Integrantes:

Katiucia Borssato Cortapasso
Vinícius Orso de Brito
Gabriela Bezerra Pucci
Jéssica Costa

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