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quinta-feira, 2 de maio de 2019

A violência da virtude comunitária

  Durkheim dizia que todos os seres humanos fazem parte de um conjunto total, que todos somos peças de um grande organismo, palavras que remetem tanto a Descartes quanto Aguste Comte, talvez por isso que seja por muitos considerado positivista e conservador, mas para mim ele é o inicio do que podemos chamar de sociologia, já que ele tenta ao máximo coisificar as coisas para que ele mantenha a compostura de suas ideias e consiga retratar a realidade de modo fiel.
  Hoje em dia os tempos mudaram e nos encontramos em uma modernidade liquida e volúvel dominada pelas novas tecnologias e o alienamento, dentro disso também é o espaço para criar grupos sociais elitistas que seguem ideais comuns, enquanto excluem outros e nessas ocasiões surge grupos que criam seus próprios direitos e leis e sendo assim sua própria maneira de coerção, muitas vezes pela violência, membros desse grupo tendem a querer manter a funcionalidade do grupo e seguindo assim mantem uma postura extrema as ideias de sua sociedade particular, mas isso não está longe da realidade em que vivemos já que o grupo que comento é o próprio Brasil, onde o direito que deveria defender o povo, agride o povo, a pedido do povo. Punição no âmbito de melhorar ou de garantir segurança ao grupo, já é um conceito ultrapassado, a punição hoje em dia se tornou um capricho e controlado por ideias que são feitas pelos mais fortes.
  Não há organismo que sobreviva caso suas engrenagens girem para sentidos desconexos, não é atoa que nossa sociedade consta com um aumento estratosférico de suicídios, pois como Durkheim inferia é comum o suicídio quando o ser não se encaixa a sociedade. Como o brasileiro sobreviveria a sociedade se ele mesmo exclui os próximos e consequentemente se exclui?

Carlos Eduardo Trigo Nasser Felix- Matutino
   

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