A realidade empírica vivida pela humanidade durante esse processo consagrou valores e ideais que constituem a cultura ocidental atual, amplamente vinculada ao sistema econômico predominate. Por essa razão, os fenômenos culturais ocidentais são entendidos como universais, e também porque devido à apropriação diferenciada de recursos escassos (não apenas econômicos), as potências ocidentais submeteram o oriente a sua supremacia, o que gera conflitos como a exploração de mão de obra e matéria prima, violação da soberania dos governos orientais, imposição de condições para auxílio, desacordos no âmbito dos direitos humanos, etc.
Sobre essa cultura, é importante salientar que consistiu em uma decisão a favor de certos valores e contra outros. Dessa forma, pode-se dizer que é o resultado das ações sociais em um determinado tempo e espaço da história humana, cuja intensificação levou à universalização. Uma observação importante sobre as ações em questão é que mesmo sendo em nível estatal, elas não de disvinculam da posição individual. Essa constatação demonstra a vinculação entre evolucionismo ético e relativismo histórico abordada por Weber: a busca por lucro sempre existiu, mas o lucro como fim em si é um ideal ocidental, decorrente do protestantismo: segundo o calvinismo, o sucesso econômico e o enriquecimento são sinais da salvação e demontram que o homem está no caminho certo. Esse pensamento legitimou a busca pelo lucro com base na religião e a ligou à ideia de virtude e eficiência, e não à ganância e desonestidade.
Weber identifica na ética protestante a legitimação do sistema tratado neste texto, sustentado hoje pela ações sociais da sociedade, como o empreendedorismo, o sistema legal e a administração orientada por regras formais, os fenômenos culturais, etc.
Eloáh Ferreira Miguel Gomes da Costa - Direito/Matutino/1
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