A
inversão do Pensamento Hegemônico
Para um dos filósofos
mais influentes na carreira de Marx, Hegel, dialética é uma forma de pensar a
realidade em constante mudança por meio de termos contrários que dão origem a
um terceiro, que os concilia. No entanto, este pregava uma dialética meramente
filosófica que, segundo aquele, não possuía capacidade de modificar o mundo
material.
Partindo do materialismo,
ou seja, do mundo real, a dialética compõe-se de três termos: tese, antítese e
síntese. A Tese é uma afirmação; a antítese, é uma afirmação contrária, e a
síntese é o resultado do embate entre as duas primeiras. Marx escreveu sua
célebre frase: "Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de várias
formas; cabe transformá-lo”. Dessa forma, exporei uma teoria que venho
elaborando, claro que informalmente, sobre os conflitos entre as ditas maiorias
e minorias sociais.
Analisando pela ideia
marxista, sem realmente perceber que dela estava utilizando, percebi – por meio
de inúmeras conversas com minha família, a qual afirmo conservadora – que o
conflito entre a tese (forma de pensar dominante) e a antítese (forma de pensar
reacionária) é algo inevitável socialmente.
Tomemos um exemplo: o
conflito entre aqueles que são contra o paternalismo estatal frente às minorias
(tese) e os que são a favor (antítese), gerará uma nova forma de segregação,
racismo, entre outros termos que o leitor deseje usar (síntese). Afirmo isso,
pois acredito que com tamanha assistência estatal às minorias, a lógica de
pensamento se reverterá, por exemplo, transformando em maioria racista não mais
o branco contra o negro, mas sim o contrário, ou então em heterofóbico aqueles
que sofreram com a homofobia. Estou ciente de que o caro leitor estranhará esta
maneira de lidar com os embates calorosos da atualidade, no entanto, um sábio
professor um dia me disse: “Quem imaginaria que a Burguesia ganharia força para
desmantelar o Antigo Regime? ”. E digo mais, que senhor de engenho, no auge da
escravidão, imaginaria que um dia os negros ousassem conquistar direitos e
tornar-se parte componente da vida civil?
Assim, termino minha
reflexão afirmando que creio na inversão de formas do pensamento hegemônico –
claro que com uma duração de séculos, talvez milênios – ao qual nos dominará,
enquanto raça humana, tornando, o que hoje é tido por grande parte da população
como algo inaceitável, em “normal” no futuro.
Gabriel Marcolongo
Paulino – 1°Ano Direito/Noturno
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