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sábado, 19 de agosto de 2017

http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,menino-de-12-anos-e-preso-pela-9-vez,295014

Carta do Leitor

Ao ler a notícia “Menino de 12 anos é preso pela 9ª vez” causou-me perplexidade sobre a anormalidade desse fato e a posição antagônica adotada pelo delegado da 85º DP em relação ao ponto de vista do coordenador do Abrigo Auxiliadora. Em relação a essa matéria procurei analisá-la sob uma perspectiva não tão superficial: além da simples observação, do método cartesiano e do indutivismo ingênuo. É necessário que se faça uma interpretação acerca do crime como fato social e seu poder de coerção sobre os indivíduos. Para Durkheim o crime pode ser compreendido como fato social à medida que é intrínseco a qualquer sociedade. Porém o que presenciamos na realidade brasileira é uma anormalidade, quando cada vez mais crianças e adolescentes estão inseridos nesse funcionalismo coercitivo devido a negligência do Estado em relação aos direitos sociais, políticas públicas, serviços públicos de saúde, educação, habitação e etc. que são negados a população em estado de vulnerabilidade social. Essa problemática macro sistêmica reflete na precarização da condição humana e os definem como agentes marginais da sociedade. Diante disso, difunde-se um sentimento raso de compreensão e solução para as mazelas sociais na população em geral, em instituições públicas legislativas e até mesmo em órgãos policias estabelecendo um senso comum de intolerância e ódio como por exemplo: “bandido bom é bandido morto” e “ direitos humanos para humanos direitos”.


 


Brunna Aguiar da Silva    1º ano Direito diurno

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