Uma
das principais abordagens de Emile Durkheim em sua obra As Regras do Método
Sociológico trata do fato social e sua definição, que se relaciona a maneiras
de “agir, de pensar e de sentir exteriores ao individuo, dotadas de um poder de
coerção em virtude do qual se lhe impõem”. São exemplos dos fatos sociais a “paixão”
das multidões, modo de vestir, língua, moeda, religião, entre muitos outros que
já existem quando nascemos e são exteriores as nossas vontades.
Através
da leitura, pode-se perceber que grande parte de nossos pensamentos e ideias,
na verdade, não são concebidas por nós, mas sim, alheias a nossas vontades e
muito influenciadas. Essas influências, imposições, ensinamentos e crenças têm
por objetivo formar o ser social. Um exemplo claro dessa condição é a pressão
que a criança sofre através de seu meio social que visa molda-la a sua imagem.
Ou seja, a educação forja, introduz elementos da vida social, lhe aplica regras
que, aos poucos e de forma resignada, são interiorizadas.
Muitas
vezes, o fato social tem a causa eficiente de manter a sociedade funcionando.
Como se os fatos sociais fossem os órgãos de um corpo denominado organismo
social. A não correspondência de um órgão, ou seja, de um fato social ameaça o
organismo. Sendo assim, o suicídio é uma resposta às expectativas sociais que
acabam por não ser correspondidas. Sendo a causa eficiente é o que mantém a
sociedade em harmonia através dos fatos sociais.
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