Dessa forma, tornando-se harmônica a relação entre ser
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Disso, vê-se o Direito tradutor das formas de solidariedades existentes em sociedades. O autor classificou, todavia, a solidariedade como dois tipos: “mecânica” e “orgânica”.
Nas sociedades primitivas, o Direito repressivo (Penal) vigorava de maneira intensa. Baseadas nos costumes religiosos e familiares impõem a consciência coletiva para a resolução de conflitos. A norma era aplicada como forma de punir aquilo que era considerado nocivo ao grupo. Nelas, há um predomínio da lei do “olho por olho, dente por dente”. A essa característica dá-se o nome de Solidariedade mecânica.
Já, nas sociedades complexas, predominava a punição restitutiva, ou seja, com a finalidade de reestabelecer a ordem na sociedade. Além do grupo familiar, são baseadas em organizações complexas. Ao contrário das sociedades primitivas, o ditado que mais se assemelha é o “olho por olho e o mundo acabará cego”. A restituição do indivíduo não se dá pela “mesma moeda”, mas de maneira consciente, moral. A essa característica, portanto, dá-se o nome de Solidariedade orgânica.
Em suma, Durkheim defende uma organização social centrada na coletividade e na aceitação daquilo que lhe é encarregado. Pode-se afirmar que tal defesa não se encaixaria na sociedade que presenciamos hoje. Porém, não se pode negar sua importância para um estudo aprofundado daquela que, ao ponto de vista durkheimniano, encontra-se enferma.
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