Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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terça-feira, 29 de março de 2011
O método de Descartes e a modernidade
Descartes apresenta em O Discurso do Método um modo de se alcançar o conhecimento baseado em uma conduto composta de regras, dentre as quais está a de que a verdade aparece sempre clara e distinta. Por isso seu grande apreço pela matemática, que teria a vantagem de apresentar-se claramente por elementos simples como números. Da intenção de estender a matemática para outras áreas do conhecimento nasce o plano cartesiano, que representa sua ambição em racionalizar tudo e fazer análises objetivas. Em seu estudo da verdade no mundo material, ele parte de uma primeira ideia:"Penso, logo existo", obtida do mais puro raciocínio lógico - todo pensamento é pensado por algo que existe, portanto o Eu é uma coisa pensante que tem seu correspondente fora da mente e é o ponto de partida do conhecimento. Essa primeira verdade resultante de procedimento metódico intelectual é uma firme base para a construção do conhecimento, já que não pode ser posta em dúvida justamente por aparecer clara e distintamente aos nossos olhos. O pensamento de Descartes serviu de base para o advento da modernidade na medida em que a busca pela verdade parte do próprio Homem sem se recorrer à verdade revelada e, para alcançá-la, haveria uma conduta de reflexão solitária marcada pela dúvida acerca de conclusões alcançadas sem o método, pelo objetivismo e pela lógica. Na modernidade, tudo deve ter uma base lógica e racional para ser crível, o que não tem é duvidoso; a subjetividade, por sua vez, perde espaço. Por outro lado, o trabalho científico ganha liberdade: é o Homem quem constrói o saber.
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