Max Weber possui uma visão interessante a respeito da vontade do indivíduo. Diferente de Marx que acredita que o indivíduo é fruto do meio, Weber acredita que o indivíduo decide com base na sua racionalidade e seus princípios o que deverá seguir e defender. Com base nisso, surge o que ele chama de ação social, a qual é sempre determinada por uma mobilização de valores coletivos que seguem certos valores. Já que o indivíduo é capaz de construir sua própria mente, é inevitável que haja conflitos entre os grupos sociais, sendo assim necessário para ele o uso da legitimidade, que é a aceitação da dominação com bases racionais. Essa dominação pode vir das em algumas formas, sendo exemplos: dominação legal que se dá através dos meios legais, a dominação tradicional que se justifica pela tradição e a dominação carismática, que é exercida através de líderes carismáticos.
Ademais, é importante ressaltar o papel do capitalismo para Weber. Novamente, diferentemente de Marx, esse pensador vê o capitalismo como uma coisa boa, sendo o modelo ideal para a geração de riqueza, da racionalização do trabalho e do progresso. Por fim, não é de se estranhar que Max apoiava-se na ética Protestante como base para seus estudos, principalmente o calvinismo. Segundo esta corrente, o homem de valor era aquele que trabalhava muito e não se entregava aos prazeres da vida, acumulando cada vez mais dinheiro, o que se diferencia da ética Católica que valoriza mais os bens da alma do que os bens materiais, inclusive valorizando a pobreza.
João Pedro Menon
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