O domínio da natureza na ciência moderna e a sua precursão para o Capitalismo.
Os pensadores Francis Bacon e Rene Descartes
foram extremamente importantes para a formulação de um método científico capaz
de sistematizar a sabedoria em um conhecimento prático transformador da
natureza e das relações humanas. Por meio do racionalismo e da experimentação,
os filósofos propuseram uma quebra de paradigma com o modo da ciência de sua época, pautada nos sentidos
e na interpretação metafisica. Assim , o homem teria uma base teórica e prática
para dominar o meio natural e seus recursos.
De fato, esses ideais junto com outros de
diferentes filósofos modernos e contemporâneos trouxeram inúmeras inovações técnicas,
cientificas e informacionais para o corpo social. No entanto, a capacidade de exploração
da natureza adquirida e fundamentada na ciência moderna permitiu a consolidação
de um sistema muito propício e enriquecedor somente para um determinado grupo
social. Desta maneira, aquilo que deveria ser materializado para toda a
sociedade moderna tornou algo nocivo tanto para o ser humano quanto para a
natureza, na medida que um espirito pautado no capital começou a explorar seus
recursos de maneira desenfreada.
De início, a Revolução Industrial, primeiramente
desenvolvida na Inglaterra, teve um dos primeiros momentos emergentes do Capitalismo.
Partindo de uma exploração da natureza já anteriormente proposta e
sistematizada na ciência moderna, os ingleses com uma favorável formação geológica
começaram a explorar as minas de carvão presentes em seu território. O carvão
foi a principal matéria prima da indústria e permitiu uma grande mudança nos
sistemas de produção até então presentes. Deste modo, o modo produtivo artesanal,
caracterizado pelo conhecimento de todas as etapas de produção é substituído por
um modelo industrial, onde as etapas produtivas eram divididas e o controle dos meios de produção
separados de seus trabalhadores.
Consequentemente, por mais que que esta
Revolução Industrial tenha gerado muitas oportunidade de emprego, guiando inúmeras
pessoas vindas do campo para as cidades ( êxodo rural), as condições
estabelecidas para os operários tanto nas fábricas quanto nas cidades eram insalubres,
os salários minúsculos e as jornadas de trabalho totalmente extenuantes. Além
disso, segundo o sociólogo Karl Marx, houve a clara divisão em duas classes
sociais que estão presentes até os dias atuais: a burguesia , dona dos meios de
produção e do poder econômico e os proletariados, vendedores de sua força
produtiva em troca de um salário. Desta maneira, o Capitalismo industrial molda
uma nova perspectiva não só econômica com sua grande escala de produção mas também
social, nos diferentes problemas desiguais enfrentados pela classe trabalhadora.
Com o passar do tempo e o surgimento de outras Revoluções Industriais estas relações problemáticas não foram solucionadas. Por mais que o socialismo cientifico surja como escolha para subversão destas negativas vindas da expansão capitalista nas revoluções industriais, o fim de uma experiência socialista em um grande território termina em 1991 na URSS. Com isto, quase todas as nações do mundo formam seus sistemas políticos , econômicos e sociais pela base capitalista e em uma perspectiva globalizante. Além disso, confluentes com a ciência moderna, as inovações cientificas são memoráveis, mas acabam tendo um custo, dado que as melhorias principalmente no campo da saúde formularam um grande aumento na expectativa de vida. Deste modo, o ser humano vive cada vez mais e necessita de maneira ainda mais frequente dos recursos naturais, sob uma viés utilitarista e exploratório, prejudicando o meio ambiente.
João Felipe Schiabel Geraldini. Direito 1º ano. Noturno.
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