Vivenciar ou pensar? O célebre filósofo René Descartes não hesitaria, nem por um segundo, responder a segunda opção. Para ele, a mente deveria seguir o famoso "Método Cartesiano": a dúvida como processo fundamental, começar da situação menos complexa, estabelecer um processo lento, não afirmar como verdadeiro aquilo que não o conhecesse claramente. Enquanto isso, o grandioso pensador Francis Bacon responderia, prontamente, a primeira opção. Segundo Bacon, a experiência deve comandar a nossa vida e a mente deve guiar-se por si mesma. E vocês? O que escolheriam?
O filme "O ponto de Mutação" traz ponderações extremamente válidas em nossa sociedade atual. Se, em algum período, o Método Cartesiano foi deveras celebrado, atualmente, ele traz prejuízos em diversos aspectos: em relação ao meio ambiente, à mecanização do homem, à busca pelo racional, ao descaso com a experiência, etc. O contexto da sociedade capitalista contribui para tais prejuízos uma vez que, por exemplo, um empresário desmata florestas para expandir seu negócio, mesmo sabendo que, comprovado empiricamente, o ato trará danos futuros para toda a população.
No exemplo anterior, na concepção de Bacon, o empresário não estaria servindo ao bem-estar do homem, por isso, também, que seria um ato desastroso e falho. Enquanto, para Descartes, o indivíduo teria racionalizado um crescimento econômico, colocando-o em prática.
Dessa maneira, fica evidente que a ciência deve ter dois lados a serem considerados: aquele que prioriza a experiência e o bem-estar do homem e aquele que prioriza a racionalidade e o ato de pensar. Assim, é necessário encontrar um meio termo entre esses a fim de almejar uma ciência próspera.
Laura Picazio - 1º semestre - matutino
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