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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Poema sobre dominação à luz do pensamento weberiano



Valores que não são meus são impostos sobre mim:
Em minha mente, ideologia.
Em minha alma, um querubim.
Sobre quem isso diz e qual seria o seu fim?

Meu corpo se cansa com padrões de outro alguém
O seduzem em utopia
E querem convencê-lo de que está aquém.
Mas quem é que sabe o que ele de fato queria?

Minha vontade nada é para a dominação:
Por vezes carismática, consegue o que quer.
Se carisma não tem, sabe que a temerão.
E, por fim, pode assim, apelar para a razão.

E antes que eu conheça meus valores
Antes que o corpo se mova
e que a mente conteste
Penso que amo o que é de outros, amores

E se por vezes rio
Estaria o peito de graça vazio?
E se o próprio pranto é forçado,
por males que não estão ao meu lado?

É fato que, por algum deslize hipnótico
Ou por ter achado -que achava- tudo mesmo ótimo
Deixei esses valores corroerem-me as entranhas
E agora essas ideias nem me parecem tão estranhas...

Sofremos uma grande invasão.
E pra isso, há legitimação?
Ou seríamos, eu e você,
Apenas entregues à persuasão?

Carolina Juabre Camarinha. 
Direito - Matutino.

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