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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A sociedade sob um olhar empírico e observador

Emile Durkheim na tentativa de estabelecer a sociologia como ciência, propôs a esta objeto, método e aplicações. Da mesma forma que Comte, considera a sociedade como um organismo vivo, que possui partes coesas entre si, que consequentemente, se torna passível de uma compreensão racional/científica para sua organização.
Esse sociólogo estabelece como objeto para suas análises o que chamou de “fatos sociais”, um conjunto de normas formais ou não, na maneira de agir, pensar e comportar-se. Nesse sentido, o fato social, também compreendido como coisa, se diferencia de outras formas de pensamento e ação, por possuir três elementos inerentes a ele: Exterioridade, Coercitividade e Generalidade. Desse modo, o fato social se caracteriza em uma maneira que o corpo social estabelece para manter a harmonia, a adequação dos indivíduos em consonância com as regras, sejam elas morais e/ou legais.
Vale ressaltar, que o fato social atinge o indivíduo de forma inconsciente, sendo sua presença sentida quando houver resistência desse indivíduo aos imperativos dessa “coisa”. É denominado “coisa”, pois está relacionado com o método utilizado por Durkheim, a neutralidade ciência, sem pré-noções, tampouco subjetividades.
Outro ponto a destacar é que o fato social não se explica somente por sua utilidade, isto é, não surge do acaso. Para resolver essa questão, Durkheim considera que as instituições sociais que emanam essas normas “invisíveis” surgem da necessidade, de uma causa eficiente. Essa necessidade se relaciona com a necessidade de o indivíduo se sentir seguro e amparado, pois estando em uma sociedade sem regras, o indivíduo é levado ao desespero. Para exemplificar esse posicionamento, Durkheim se voltou a analisar o suicídio, a criminalidade e outras formas que, quando levadas ao extremo, comprometem a saúde do corpo social.

Portanto, Durkheim ao utilizar do objeto, método e aplicações para analisar o organismo social, se consolidou como um dos mais importantes pensadores da sociologia, ressaltando a necessidade de colocar sob observação, a consciência coletiva, fruto do corpo social que emerge independentemente das vontades individuais de seus integrantes.

Murilo Ribeiro da Silva.   1º ano de Direito, matutino.

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