Nos últimos anos,
presenciamos uma série de barbaridades, crimes contra a vida e contra a
humanidade que se repetem todos os anos. Os atentados terroristas é, sem
dúvida, a guerra mais complicada de se combater, pois os chamados “lobos
solitários” se camuflam entre a população civil e, quando menos se espera, eles
atacam sem nenhuma piedade. Só no ano de 2015 ocorrem 17 atentados, e em 2016
já ocorrem 9 atentados em várias localidades do globo. Grande parte dessas
ações criminosas foi reivindicada pelo grupo fundamentalista islâmico Estado Islâmico
(EI), que tem por objetivo implantar a Sharia em suas áreas de dominação.
Mas o que motiva esse grupo a cometer tamanha selvageria?
A morte de milhares de pessoas pode ser justificada em nome de um Deus ou de uma
fé fanática? E se não houver absolutamente nada após a morte, os terroristas desperdiçaram
suas vidas em uma causa falha.
Esses são alguns dos questionamentos que podemos fazer
para entender a insanidade e o fanatismo do grupo. Sem dúvida, a teoria
durkheimiana pode explicar, em partes, os questionamentos atuais.
Segundo Émile Durkheim, as sociedades primitivas estão
fundamentadas em uma solidariedade mecânica. Há total predomínio do grupo sobre
os indivíduos que apresentam certa semelhança, produzindo pouco espaço para
individualidade. Os indivíduos vivem em sociedade pelo fato de que eles
partilham de uma “mesma cultura” que os obriga a viver em coletividade. Assim,
não há interdependia funcional entre os indivíduos, e a coesão social é mantida
pela religião.
Ao longo do tempo, grande parte das civilizações se
desenvolveram em solidariedades orgânicas, mantidas, agora, coesas pela divisão
(especialização) do trabalho. Entretanto, algumas civilizações não perderam seu
caráter primitivo e, desse modo, tentam restaurar a “ordem” por meio da brutalidade,
é o caso das sociedades islâmicas fundamentalistas regidas pela religião.
Ainda
não se descobriu o modo mais eficaz de combater o terrorismo. Mas, é certo que a
educação de qualidade, sem manipulação religiosa e partidária, é uma ferramenta
preciosa de prevenção do fanatismo.
João Raul Penariol Fernandes Gomes - 1º ano Direito Noturno
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