No filme "O Ponto de Mutação", acompanhamos uma discussão sobre o pensamento do homem, sobre o modo que o homem percebe o mundo. Somos apresentados a diferentes pontos de vista, ou de percepção, no filme: o de uma física, o de um político e o de um poeta, e todos têm suas particularidades.
O político vê o mundo mecanicamente, como um relógio, segundo a analogia do próprio filme. Ele divide o todo (relógio) em várias partes menores (engrenagens,ponteiros) para entendê-las separadamente e também entende que a ciência deve servir a humanidade, seguindo a filosofia cartesiana e baconiana.
A física critica essa filosofia. Considera-a ultrapassada. Ela se utiliza de conceitos filosóficos do século XX para entender o mundo. Tudo está conectado, todos somos responsáveis, não se pode entender o todo subdividindo-o. A natureza e seus componentes não são máquinas, são sistemas interligados.
O poeta por sua vez, discorda da física. Acredita que a "teoria de sistemas" não é suficiente para entender a natureza. Transformar a natureza num sistema é o mesmo que transformá-la num relógio. O filme termina e as indagação ficam: será possível, algum dia, entender de fato a natureza? por quanto tempo diminuiremos a natureza a relógios e sistemas?
A ciência se renova constantemente. Descartes, Bacon, pensadores do século XX, todos muito importantes para a humanidade, mas todos com filosofias incapazes de realmente compreender o mundo. O filme nos diz isso, e diz ainda mais. Conseguiremos, nós, algum avanço científico que nos faça perceber o mundo de maneira diferente?
Péricles de Freitas Nogueira, 1º ano de direito.
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