O
físico analisa o mundo através da razão e tenta entender seu
funcionamento. O poeta admira o mundo através do sentimento e busca
interpretar sua experiência. O político vê o mundo com a
praticidade de quem precisa apenas de medidas aplicáveis. E apesar
de tantas diferenças, há algo em comum entre eles: o mundo. Existem
inúmeras maneiras de interpretar uma única realidade. O melhor
caminho, entretanto, para solucionar as enfermidades do mundo é não
limitar-se a uma visão confortável a sua posição.
No
filme Ponto de Mutação, uma física, um poeta e um político trocam
informações e opiniões acerca de uma crise global. Esta, a
qual chamam de “crise de percepção”, consiste na falta de
abrangência da análise e entendimento humanos, o que impossibilita
a solução dos problemas vigentes.
Faz-se
necessária a superação do método cartesiano, importante a sua
época mas ineficiente na atualidade. Para Descartes, era
necessário analisar as partes para entender o todo, vendo a natureza
como uma máquina. O mundo, porém, é uma união de sistemas, todos
conectados, que precisamos tratar em sua plenitude.
Das
ideias contidas no filme, podemos abstrair vários exemplos
atuais. Na área do direito, pode-se citar a superpopulação
carcerária, problema que alguns teimam em resolver com a construção
de novas penitenciárias. Entretanto, a real solução encontra-se em
outros campos, como educação e economia.
Enquanto
a visão mecanicista vigorar em detrimento da visão sistêmica, as
soluções serão, na verdade, “quebra galhos”.
Gabriela Fontão de Almeida Prado, 1º ano de direito diurno.
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