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domingo, 3 de julho de 2011

Noções de um socialismo “palpável”

No estudo do socialismo, Friedrich Engels, co-autor do Manifesto Comunista de Karl Marx, notou que o Iluminismo, tido por ele como o momento em que a humanidade desperta para um olhar a si mesma sob a perspectiva da razão, trazendo a emancipação dessa, resultou em uma ordem de privilégios burgueses, focando-se na emancipação apenas da classe burguesa.

O ideal de solidariedade ampla e plena possuída pela sociedade, que geraria um modo de produção onde todos trabalhariam por todos, defendido pelos socialistas utópicos (Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier) foi criticado por Engels, que sabia que a burguesia não abriria mão de seu "egoísmo", ainda mais tendo em mente a luta travada por essa para chegar ao poder.

Sua critica aos utópicos se apresentou em nome da criação de um socialismo forjado como ciência, tendo nas condições históricas, e não na razão pensante, o motivo para seu surgimento.

Ainda na busca por um socialismo cientifico, o autor defende o abandono da metafísica, assim como a necessidade de uma visão ampla (enfoque em dimensões múltiplas) dos objetos de estudo, eliminando a idéia cartesiana de fragmentação para obter mais clareza no estudo.

Tendo como base o que foi apresentado, percebe-se a importância de Engels quanto a noções introdutórias, posteriormente desenvolvidas no Manifesto comunista, de um socialismo cientifico e aplicável, surgido de um percurso incontornável da história e não como obra do gênio humano.


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