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domingo, 20 de março de 2011

Abaixo o senso comum!

Em sua obra, Descartes revela a forma na qual seguiu para alcançar o conhecimento e discernir quais eram as verdades e quais eram os meros mitos da humanidade. Não indica esse como um método a ser seguido pela humanidade afim de provar suas certezas, somente indicando a forma que ele, como ser humano inquieto e conhecedor de tudo que as escolas europeias podiam-lhe oferecer, conduziu seu próprio bom senso.
Preocupa-se em distanciar-se de todas as crenças que sua razão não possa provar.
Um fato interessante em sua obra, é a postura que assume com relação à existência de Deus. Talvez pelo desejo de crer em Deus, Descartes segue sua razão de forma que prove e afirme veementemente que é inadmissível que não haja alguém mais perfeito que o homem que o tenha criado, já que as demais coisas que nos rodeiam são somente complementos à nossa existência, mas nada mais perfeito que o homem. Ironicamente, suas obras foram mandadas para o Índex após sua morte.
Inspirado no rigor matemático e no uso indubitável da razão, assim como em seus livros de ciências exatas, Descartes descreve seu método filosófico de conhecimento da verdade que julga absolutas. Demonstra também um grande caráter quanto ser humano, pois enquanto viajava conhecendo novos povos, sabiamente analisava seus costumes e cultura afim de julgar os seus próprios, livrando-se das amarras da preconceituosa cultura europeia. Considera as demais culturas nem superiores, nem inferiores, apenas diferentes.

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