A teoria de Karl Marx é uma das mais influentes teorias sociológicas do mundo. Ele acreditava que a história humana era impulsionada pela luta de classes e que a economia era a base da sociedade. Marx argumentava que as relações de produção eram as mais importantes, pois elas determinavam a forma como a riqueza era distribuída na sociedade. De acordo com Marx, a exploração do trabalhador pelo capitalista é o cerne do capitalismo, o que leva à alienação do trabalhador e à desigualdade social.
O livro "A Corrosão do Caráter" de Richard Sennett é um olhar sobre as mudanças no mundo do trabalho e como essas mudanças afetaram a identidade e a personalidade dos trabalhadores. Ele defende que o trabalho se tornou mais fragmentado e superficial, o que leva a um sentido de desapego e falta de compromisso com o trabalho. Sennett argumenta que a cultura do trabalho mudou de uma cultura de compromisso para uma cultura de flexibilidade, onde o trabalhador é forçado a ser adaptável e a mudar constantemente.
A ideia de Marx e o livro de Sennett se complementam em muitos aspectos. Marx acreditava que o capitalismo era um sistema econômico baseado na exploração do trabalhador pelo capitalista. Sennett explica que, como resultado das mudanças no mundo do trabalho, o trabalhador moderno é fragmentado e superficial, o que leva a um sentido de desapego e falta de compromisso com o trabalho. Ambos os autores argumentam que a alienação do trabalhador é uma consequência direta da estrutura do trabalho capitalista moderno.
Outro aspecto em que os dois autores se complementam é na questão da identidade. Marx alegou que a identidade do trabalhador é definida pelo trabalho que ele realiza. Sennett declara que a identidade do trabalhador moderno é cada vez mais fragmentada e superficial, o que leva a uma perda de identidade. Ambos os autores justificam que a falta de identidade e compromisso com o trabalho é uma consequência da estrutura do trabalho capitalista moderno.
Além disso, Marx e Sennett também compartilham a crença de que o trabalho moderno leva à desigualdade social. Marx cita que o capitalismo é intrinsecamente desigual porque o capitalista explora o trabalhador. Sennett declara que as mudanças no mundo do trabalho levaram a um aumento da desigualdade social, já que alguns trabalhadores são considerados mais valiosos do que outros.
Em conclusão, a teoria de Marx e o livro de Sennett se complementam em muitos aspectos. Ambos os autores argumentam que a estrutura do trabalho capitalista moderno leva à alienação do trabalhador, à perda de identidade e à desigualdade social. Embora a teoria de Marx tenha sido escrita há mais de um século, ainda é relevante hoje, assim como as ideias de Sennett sobre as mudanças no mundo do trabalho. Juntos, eles nos alertam sobre as consequências negativas do trabalho moderno e nos incentivam a buscar mudanças positivas para a sociedade.
Maria Eduarda Souza Vasconcellos – RA:231220651. 1* ano direito matutino.
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