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sábado, 23 de abril de 2011

Avante, humanidade!

Sendo o primeiro a utilizar o termo "sociologia", Comte cria mais do que uma teoria. Com sua linguagem rebuscada e inspirado na sua esposa falecida, inaugura uma nova religião, um pensamento que, segundo ele, deveria nortear todos os seres na busca do conhecimento. A religião da Humanidade, está presente até hoje em muitos países, inclusive no Brasil. Seu método de pesquisa, buscando o distanciamento do observador preservaria o objeto pesquisado das influências de valoração. Sua forma de pensar seria submeter a imaginação e a argumentação à observação, fato que demonstra grande influência de Bacon e Descartes. A diferença para o empirismo puro se encontra no fato de que não são analisadas as causas dos fenômenos, apenas suas leis puras.
A filosofia comteana tem como carro-chefe seu conhecido tema, expresso em nossa bandeira: "Ordem e Progresso"; ou seja, buscar sempre o melhoramento contínuo da humanidade aliando estabilidade à atividade. Outro lema do método positivista seria o "ver para prever", no qual fica demonstrada a teoria de que, a partir do momento que acompanhamos um fenômeno e a sua relação com outros fenômenos, somos capazes de prever seu desenrolar, o que nem sempre constitui a verdade, já que sempre nos deparamos com fatos ainda estranhos à ciência, o que abre um leque de possibilidades.
Hoje em dia, a tão criticada filosofia comteana por ser "pouco revolucionária", é muito mais aplicável à economia do que qualquer teoria que busque uma mudança revolucionária pois seria irreal. Buscar a ordem é algo bom, calar o ser humano que é inadmissível. Ordem não é necessariamente equivalente à repressão, um contrato social seguido e aceito por todos não deixa de ser ordem. Seguindo-se esses preceitos, inevitavelmente se encontrará o progresso efetivamente.


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