Já sabe-se que na antiguidade reinavam princípios como a Lei de Talião "olho por olho, dente por dente", mas ao aderir ao sistema jurídico para tratar-se de delitos supõe-se que a sociedade teria deixado princípios antigos para trás, mas há controvérsias, como no caso de linchamentos e espancamentos, mas por que tais medidas seriam tomadas sendo que o direito já prevê uma punição?
A sociedade não enxerga a justiça dentro do direito, ora por ser muito burocrática, ora por não responder aos seus anseios catárticos. No caso de estupros e assassinatos, muitas vezes o povo por imediatismo e ego acaba por fazer "justiça com as próprias mãos".
Realmente a burocracia exigida pelo direito deixa que assassinos ou estupradores não recebam suas penas de imediato, pois existem processos de investigação, que mesmo que demorados, são necessários. Um outro ponto no qual sociedade e direito divergem seriam as penas dadas aos criminosos, por exemplo, no Brasil não há pena de morte e alguns indivíduos movidos pela catarse e pela revolta que os delitos trazem, muitas vezes pelo alarde da mídia e outras pela simples natureza cruel dos crimes.
A justiça deve separar-se do instinto selvagem da vingança que muitas vezes se faz presente no comportamento social, então previamente há o julgamento, para que condene-se a pessoa certa e depois de dada a pena o criminoso entra para reclusão e é afastado da sociedade. Mas seria isso suficiente? não deveria haver um tratamento psicológico para que houvesse uma possível reinserção?
Nossa sociedade vê a violência como associada da justiça, mas essa justiça pessoal não está relacionada a uma ciência social e jurídica e sim ao instinto de punição, o imediatismo de eliminar o culpado, mas nunca de buscar a raiz do que leva ao crime, não há um solucionamento real, apenas o culpado sendo eliminado, fazendo com que o direito seja incapaz de agir.
Livia Cavaglieri - 1º Ano - Diurno
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