“Direito igualitário”
Na sociedade atual encontramos vários grupos de pessoas, com
seus ideais e pensamentos, que divergem do senso comum em vários aspectos, como
nas falas, nas vestimentas e principalmente na percepção da sociedade a qual
está inserido. Esses grupos buscam por direitos dos quais acreditam necessitar,
pois não se sentem tutelados pelo estado o qual deveria garantir-lhes esses
direitos, buscando uma igualdade de tratamento no meio social do qual estão
inseridos, de não serem desrespeitados, ofendidos, pelo simples fato de se
sentiram diferentes do modelo a eles imposto, sofrendo com o preconceito,
violência, abuso de autoridade.
A luta destes grupos por seus direitos desencadeiam, várias
reflexões sobre nossa sociedade e seus fundamentos, pois em nossa carta magna
em seu caput coloca a todos em tratamento de igualdade:
CF - Art. 5º Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...;
Podemos pensar a partir
deste trecho do art. 5º da CF, que temos uma espécie de, “direito igualitário”, e que todos
os cidadãos, tem os mesmos direitos. Encontramos em nossa sociedade uma
realidade bem diferente dessa descrita em nossa carta magna, que vão contra a
estes fundamentos, vendo interesses individuais colocados acima dos direitos
coletivos, as inversões de valores praticadas pelo próprio estado contra seu
povo.
Os altos custos e a
morosidade de um processo, favorece as classes mais ricas, quase que nunca
punidas pelos seus delitos, por terem condições de arrastar os processos até
sua última instancia e, quase sempre alcançam a prescrição gerando impunidade
dessa classe. Já nas classes de baixa ou nenhuma renda, age quase que
aniquilando qualquer chance de defesa ou pedido de um direito de pessoas pobres
que não tem, condições nem para alimentar-se de maneira descente quanto mais
para arcar com processos, abrindo um abismo social, e criando uma “desigualdade
de direitos”, protegida por lei.
André Gomes Quintino –
Direito Noturno
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