Já se perguntaram como nossa sociedade formada por
indivíduos tão diferentes individualmente consegue ter na maioria das vezes os
mesmo padrões comportamentais morais e sociais?
Durkheim explica isso, em seus estudos sobre a sociedade do
século passado, entre eles está a predominância do pensamento social em relação
as vontades individuais, ou seja por mais que cada membro da sociedade seja
singular eles agem em quase todos os eventos baseados na consciência coletiva.
Por sua vez essa consciência não é inata ao ser humano, só adquirimos ao
convivermos em sociedade, desde á infância somos ensinados sobre o que
moralmente correto, o que licito, o que ilícito, o que é tabu, tudo que precisamos saber sobre os “dogmas”
dessa sociedade em que vivemos e mesmo se quisermos fugir desse padrão é muito
difícil, pois os que fazem são imediatamente marginalizados pelo resto, logo a opção mais fácil é segui-los sem questionamentos. Os mecanismos para nos
inserir nessa consciência coletiva são explícitos como escolas ou implícitos
como o seio familiar responsável por nos condicionar aos valores morais. Até mesmo as punições que os que infligem à lei recebem são
mecanismos de controle dessa consciência coletiva, uma vez que a real intenção
não é punir o criminosos mas sim influenciar os outros membros da sociedade a
não cometerem o mesmo ato. Além disso, Durkheim também passa em sua obra que em
toda sociedade ocorrem crimes e outros tipos de eventos diversos, e os mesmo
não devem ser considerados patologias mas sim uma ocorrência normal dentro de
uma sociedade, o que deve-se levar em conta é se esse eventos estão atrapalhando
o funcionamento dessa sociedade, se sim são considerados uma anomia e que tem
que ser eliminada.E mudança de sistemas sociais ocorrem quando essa anomia se torna constante.
Portanto Durkheim vai mais a fundo que Conte e considera como
objeto de estudo, não uma sociedade utópica e perfeita nas engrenagens da
ordem, mas sim a realidade individual de cada uma delas, que mesmo que aparentando ser um caos possuem mecanismos de coesão social e moral assim como todas ás outras.
Danilo Braga Vicentini - Direito Noturno
Danilo Braga Vicentini - Direito Noturno
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