A sociedade civil, nada mais é que, a constituição
de atividades que relacionam todas as pessoas dentro de um meio de convivência,
na qual um grupo de pessoas possuem ideais semelhantes, em prol do bem comum, e
que engloba todas as instituições que não são empresas, nem mesmo integram o
governo. Na modernidade, foi atribuída a Hegel a expressão Sociedade Civil que
representa um estágio de relacionamento dialético entre os opostos, o estado e
a família, e tornou-se uma descrição para todos os aspectos não estatais da sociedade,
enquanto para Marx é a fundação da sociedade burguesa.
A sociedade civil tem ligação intima com
a democracia, pois é fundamental e vital que essas organizações que a constituem,
como associações, clubes, instituições políticas e não políticas, trabalhem na
construção do capital social, e todos os valores sejam compartilhados para a
esfera política, e garantem a união e coesão dentro da sociedade. Nesse
sentido, tem um papel imprescindível na construção de uma ordem justa e democrática.
Para Ernest Gellner, a sociedade civil é composta por instituições
suficientemente fortes para repelir a tirania.
Ao se pensar no Brasil dos dias atuais, a
sociedade civil é a principal fonte e meio de resistência ao domínio da vida
social, pois ela é o centro da dinâmica histórica e não estado. Apesar de que,
esse Estado burguês busca, por meio de todo poderio e influência, reforçar a
alienação e deixar tudo mais efêmero, que é fundamental para a manutenção da
ordem capitalista em toda a sociedade, como por exemplo o retrocesso que se estabelece
a cerca das leis trabalhistas, dia a dia, os direitos trabalhistas são
revogados, em nome do progresso e da expansão econômica. Além de todas as
outras relações sociais que adoecem por essa lógica avassaladora.
Essa dinâmica deve-se porque a sociedade
civil dá livre acesso e saída de pessoas as suas instituições, o que possibilita
que pessoas que não estão unidas pelos mesmos ideais possam constituir uma instituição
e, por meio de influências e condições, materiais e práticas, podem chegar ao
poder, nesse caso ao assumir algum cargo político, esse ideal se constrói a
partir do “interesse coletivo”, e se racionaliza na podridão e na alienação. Assim
fica fácil de entender a ilusão, que Marx atribuía ao Estado como representante
“universal” do interesse coletivo.
Nesse sentido, a sociedade civil pode constituir
uma importante ferramenta de enfrentamento aos retrocessos do Estado, nem sempre
atuando na proteção dos valores coletivos, em prol do bem comum. Porém, para
que atue em constante sintonia com o bem-estar comum, a sociedade civil deve negociar
com o Estado burguês, e pode já que obteve um montante de poder político, além
de possuir boa parte do das condições materiais, e assim lutar contra toda
forma de opressão e alienação imposta pelo Estado.
CÁSSIO GOULART- 1ºSEMESTRE- DIREITO/DIURNO
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