O Homem que não detém os meios de produção sempre foi tratado
como objeto, no mundo industrial. Hoje, com o mundo globalizado, esse cenário não
mudou quase nada, já que a os direitos do trabalho atualmente estão escassos em
diversas áreas, onde o trabalhador conta com a falta de estabilidade, falta de um
salário fixo etc. enquanto os detentores dos meios de produção, assim como na sociedade
das revoluções industriais, acumulam mais capital e se tornam mais ricos todos
os dias.
As relações de produção- teorizada por Karl Marx- foram sucateadas
com o passar do tempo, pois é mais lucrativo não oferecer os direitos necessários
ao trabalhador, não o enxergar como humano e sim como objeto, do que disponibilizar
as condições ideais para a realização do trabalho. Muitos trabalhadores do século
XXI não possuem vínculo formal com a empresa para que prestam serviços, e dessa
maneira dependem unicamente de seu esforço ativo já que não são dadas garantias.
Um exemplo evidente são os entregadores
de aplicativos de entrega, que possuem uma jornada de trabalho que ultrapassa
todas as condições que um ser humano pode suportar.
Casos como o de Diógenes, que ao ser demitido de seu
emprego após o início da pandemia do Covid-19 tornou-se entregador para
alimentar sua família, que depende de sua renda. O entregador relata que desde
o início das atividades sua jornada chega a 12 horas, sem intervalos. Diógenes ainda
relata que ao se machucar e ficar dez dias parado, sua renda foi zerada, já que
não é previsto nenhum tipo de seguro- nem o INSS.
Por outro lado, enquanto homens como Diógenes não conseguem
o mínimo necessário para ter um trabalho digno- com direitos que respeitem a saúde
do trabalhador- megaempresários continuam mais ricos a cada dia, por consequência
das aberturas disponíveis para o acúmulo de capital, ou seja, enquanto os direitos
de um são totalmente estritos os de outros são completamente amplos. Jeff Bezos, CEO da Amazon, ficou 24 bilhões de dólares mais rico durante a pandemia, realizando
uma viagem para a lua no ano de 2021, enquanto a realidade de muitos era
trabalhar para ter o que comer.
Com isso, fica evidente que a estrutura social pouco se
alterou com o passar dos séculos, visto que até hoje direitos essenciais para
um trabalho digno são negados ao trabalhador. Além disso, é claro que o acúmulo de capital
continua sendo a essência do capitalismo, com empresários priorizando o lucro máximo
e não a vida do trabalhador.
Pedro Cardoso - 1° ano Matutino
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