Uma interpretação materialista de uma realidade etérea
A concepção marxista do materialismo procura explicar o objetivo da produção de bens materiais na vida da sociedade. Dessa forma, conclui-se que para obter bens materiais importantes para viver, era necessário produzi-lo, assim, se tornando uma condição para a existência da história. Marx e Engels afirmam que tudo aquilo que os homens utilizam na produção de bens materiais, sendo eles, máquinas, ferramentas, instrumentos de trabalhos, etc., são meios de produção. Nesse sentido, entende-se que o homem é um animal que para sobreviver é obrigado a produzir bens e prestar serviços.
Para Engels e Marx existe uma contradição dentro da sociedade capitalista pois, ele faz com que o proletariado se veja apenas como uma ferramenta de produção sendo excluído dos demais sistemas, como os educacionais e o de saúde, assim, eles produzem e não conseguem ter acesso daquilo deveria ser obrigatório para eles. Fora isso, há uma classe dominante (burguesia), que “controlam” os trabalhadores e não trabalham (de acordo com a concepção marxista), e, além disso, desfruta do que o proletariado produz e possui acesso a todos os sistemas que a classe operária não possui. Dessa maneira, tais problemas fizeram com que Marx e Engels pensassem uma solução resultada do materialismo histórico e dialético.
Outrossim, segundo eles, os trabalhadores deveriam perceber que estão sendo enganados por esse sistema e agir contra ele e, assim, tomar as fábricas da burguesia, assim como, deveriam tomar o poder do Estado que, consoante os dois, serve à burguesia. Consequentemente, Marx definiu tal ação como “revolução do proletariado” sendo a primeira fase daquilo que logo em seguinte se tornaria o comunismo, uma utopia em que não haveria classes e, assim, a eliminação do conflito, uma visão um tanto quanto sonhadora. Mas, para que isso ocorra seria necessário uma ditadura, ou seja, um governo ditador que serviria o proletariado, lembrando que tal ditadura, assim como qualquer outra, suprime e restringe os direitos individuais, a liberdade e nem há participação, ou possui a participação de forma restrita, da população na política. Desse modo, para concretizar tal ideia seria necessário cortar a liberdade individual dos indivíduos da sociedade e submetê-los a um modo de vida.
Esse materialismo de Marx busca bater de frente com a ideia idealista, pois para ele esse ideal não consegue fazer alguma mudança significativa na sociedade. Além disso, ele diz que a humanidade é definida por sua produção material e, além disso, ele compreende a história como uma luta de classes, colocando-as uma contra a outra. Sendo assim, na concepção do materialismo dialético entende-se que a sociedade está condicionada à produção material da humanidade e coloca como o principal mal desse sistema, o proletário que trabalha e a burguesia que desfruta de todo esse trabalho sobrando apenas migalhas para o trabalhador.
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